F1 – Perto da Indy, Barrichello ficou triste ao ser preterido na Williams

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Rubens Barrichello falou sobre seu teste na Formula Indy (pela equipe KV Racing nesta semana) e a respeito da possibilidade de entrar para a categoria. O piloto brasileiro também abordou o assunto Formula 1, na qual ficou sem vaga após 19 temporadas.

“O teste (na Indy) começou meio sem intenção de fazer muita coisa. Claro que a equipe pensou no retorno de mídia que podia ter e eu também queria conhecer o ambiente da Indy e estar com meu amigo Tony (Kanaan). Mas foi muito mais envolvente do que eu estava esperando, acabei virando mais rápido do que imaginava e ainda fiquei meio dia a mais testando. As coisas foram acontecendo”.

“Acho que o que mais estranhei foi andar pela primeira vez em 19 anos sem cobertor de pneu. Você vai para a pista com o pneu frio e se vira para esquentar. A tocada do carro não é muito diferente, o motor é parecido, mas é turbo e neste ano os freios são de carbono, muito semelhantes aos da F1. Claro que o carro é mais pesado, mas é divertido”.

“Me trataram como novidade e encontrei todos os pilotos. Eu sempre fui uma exceção na F1 porque sempre falei com todos, mas fiquei com a impressão de que as pessoas na Indy têm um convívio melhor do que na F1. A equipe realmente gostou de mim e perguntou se eu tinha interesse em ficar. Agora vamos tentar viabilizar isso e eu preciso tomar uma decisão. Honestamente, se eu corresse por dinheiro, já teria deixado a F1 há muito tempo. O meu barato é velocidade, é a disputa. Minha questão não é financeira ou tem a ver com perigo, porque perigo a gente corre quando sai de casa. Mas ainda não está nada definido”, disse Barrichello, que também falou sobre a forma se deu a sua saída da equipe Williams.

“O sentimento sem dúvida foi de tristeza. Foi um momento que eu não esperava. Os engenheiros sempre me falavam coisas positivas, então foi bem triste, foi chato. Não gostei de como a coisa foi tratada, de uma maneira muito fria. Mas, duas horas depois, eu estava na mesa com as crianças e eles me falavam: “A Williams já vinha ruim, talvez não fosse bom mesmo continuar”. Então foi bom eles me mostrarem que existe um outro caminho. Mas vivi 19 anos de muito orgulho. Tive momentos ótimos e momentos bons. E os ruins me fizeram aprender. Se pudesse mudar alguma coisa, não mudaria nada”, completou o brasileiro.

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