F1 – O GP da Bélgica é um enorme teste para pilotos, carros e os pneus

sexta-feira, 30 de agosto de 2019 às 8:00

A temporada 2019 da Fórmula 1 segue neste fim de semana com uma das mais épicas pistas do calendário: Spa-Francorchamps, na Bélgica, onde a Pirelli levará os compostos C1, C2, e C3, a seleção mais dura da gama P Zero da categoria, sendo o branco duro, amarelo médio e vermelho macio, respectivamente. Spa é conhecida por suas mudanças de elevação e pelas demandas extremas sobre os pneus, graças as famosas partes do traçado como as curvas Eau Rouge e Raidillon, onde os pilotos experimentam grandes forças G em um curto espaço de tempo.

CARACTERÍSTICAS DA PISTA

Com um pouco mais de sete quilômetros, Spa é a pista mais longa do calendário da Fórmula 1, o que justifica o seu número de voltas ser de apenas 44.

Spa também é bem conhecida por seu clima instável e o tamanho do traçado significa que pode estar chovendo em uma seção da pista, enquanto está completamente seco em outro. Se chover, áreas com água empoçada podem facilmente surgir, devido às características da drenagem da pista.

A maioria dos pilotos cita Spa como uma das suas pistas favoritas, por causa do desafio e as sensações que lhes proporciona. O mesmo é verdadeiro para os pneus, que são sujeitados a forças elevadas de todas as direções: lateral, longitudinal e vertical.

No ano passado os compostos médio, macio e supermacio foram nomeados. A escolha deste ano para a Bélgica é mais dura e espaçada, com o C1 e C2 um pouco mais macios do que os equivalentes médios e duros do ano passado e o C3 perto do macio de 2018.

No ano passado, a maioria dos pilotos escolheu uma estratégia de uma parada saindo do supermacio para o macio (com a notável exceção de Valtteri Bottas, da Mercedes, que terminou em quarto lugar tendo feito duas paradas). A corrida, que estava seca depois de uma qualificação com pista molhada, foi afetada por um carro de segurança precoce e apenas dois pilotos usaram o composto mais duro disponível.

MARIO ISOLA – GERENTE MUNDIAL DE MOTORSPORT DA PIRELLI

“Spa é sempre uma pista de pilotos incríveis, mas é, também por isso, que os pneus passam por alguns dos maiores níveis de esforço durante toda a temporada. Como resultado, nós nomeamos os três compostos mais duros na gama, uma escolha um pouco diferente do ano passado, o que deve permitir aos pilotos acelerar ao máximo durante cada trecho da corrida minimizando a necessidade de gerenciar o ritmo. A escolha dos pneus mais duros deste ano em Silverstone, por exemplo, levou a uma corrida muito bem disputada e a uma volta mais rápida de Lewis Hamilton, no final, com pneus usados. Sabemos muito sobre Spa, também a partir de nossa experiência de fornecimento das 24h de Spa. A corrida do mês passado foi interrompida pela chuva durante várias horas, o que sublinha a probabilidade de condições meteorológicas mistas, com a classificação para o Grande Prêmio belga do ano passado sendo disputado no molhado. Esta é uma pista onde é muito possível ultrapassar, então, com as circunstâncias certas, é viável fazer uma estratégia agressiva funcionar”.

OUTRAS NOTÍCIAS DA PIRELLI

A Mercedes (juntamente com a McLaren de Lando Norris) é a equipe que escolheu o menor número de pneus macios para Spa, tendo mais dois jogos de pneus médios em comparação com a Ferrari e a Red Bull.

Tanto a Fórmula 2 como a Fórmula 3, fornecidas exclusivamente pela Pirelli, também vão correr na Bélgica.

A Pirelli lançou um novo pneu P Zero Trofeo R para a Pagani, que foi desenvolvido de forma semelhante aos pneus da Fórmula 1: um exemplo perfeito de transferência de tecnologia entre as ruas e as pistas de corrida. O Trofeo R é um pneu de trackday que pode ser usado nas ruas e a sua última versão foi desenvolvida especificamente para o Pagani Huayra BC Roadster.

No último fim de semana, a Pirelli também forneceu exclusivamente para as 10 Horas do Japão realizada em Suzuka: a quarta etapa do Intercontinental GT Challenge, com 23 equipes que representaram dez fabricantes. A Audi venceu com Dries Vanthoor, Kelvin van der Linde e Frederic Vervisch, enquanto o bicampeão mundial de Fórmula 1, Mika Hakkinen, terminou em 22º no seu regresso às competições em um McLaren 720s GT3.

EB - www.autoracing.com.br

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