F1 – Mosley critica FIA por GP do Bahrain em 2011

Ex-presidente da FIA, Max Mosley não gostou da decisão da entidade de reagendar o GP do Bahrain para este ano. A corrida, adiada de março devido a tensões políticas no país, está prevista agora para 30 de outubro.

“Quem rege o esporte também tem que considerar as violações dos direitos humanos em lugares onde os eventos são realizados e até mesmo em alguns países membros das federações”, explicou Mosley, em uma coluna para o jornal The Daily Telegraph.

“Há várias razões para isso. Primeiro, para aplicar os mais altos padrões de direitos humanos, você teria que excluir um grande número de países do desporto internacional, incluindo pelo menos um aliado próximo ao Reino Unido”.

“Em segundo lugar, se você aplicar nada menos do que os mais altos padrões, você teria que enfrentar o debate interminável sobre onde desenhar a linha divisória. Terceiro, não é a função de um organismo desportivo tentar ditar aos governos o que eles podem e não podem fazer. Política deve ser deixada para os políticos”.

“Por isso, é diferente executar um evento em qualquer país onde as pessoas são oprimidas, mantidas em situação de pobreza, detidas sem julgamento e maltratadas (ou pior) na prisão? Certamente, a divisão tem que ser feita quando um evento esportivo não é um mero entretenimento em um país menos-que-perfeito, mas está sendo usado por um regime opressivo para camuflar suas ações”.

“Se um esporte aceita esse papel, torna-se uma ferramenta de governo. Se a F1 se permite ser usada desta forma, no Bahrain, ela vai partilhar a culpa do regime, tão certo como se estivesse ajudando a brutalizar os manifestantes desarmados. A decisão de manter a corrida é um erro que não será esquecido e, se não for revertido, irá custar muito para a F1”, finalizou o ex-presidente da FIA.

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