F1 – Rivais da Mercedes querem “vingança” com mudanças radicais para 2016

sexta-feira, 21 de novembro de 2014 às 19:00

Christian Horner

As rivais da Mercedes ameaçam com mudanças radicais nas regras de motores para 2016. Red Bull/Renault e Ferrari estão frustradas com a relutância dos dominantes alemães em relaxar as rígidas regras de congelamento para 2015, e podem estabelecer uma abertura total para 2016, quando não há mais necessidade de unanimidade para alteração de regras.

Na próxima semana ocorrerão reuniões da Comissão da F1 e do Grupo de Estratégia para discutir o tema. A Red Bull, por exemplo, defende motores biturbo e sistemas de recuperação de energia padrão para os V6 atuais.

“Talvez a gente precise mesmo ir mais longe olhando para um motor diferente – um novo motor”, disse Christian Horner, chefe da Red Bull. “Talvez ainda um V6, mas mais simplificado que controle os custos – de desenvolvimento e para a aquisição das equipes privadas. Eu acho que precisamos ter uma discussão séria sobre isso durante a próxima reunião”.

A Ferrari tem uma opinião similar. “Definitivamente, precisamos olhar para algo diferente para 2016”, disse Marco Mattiacci, chefe da equipe. “Em termos de unidade de potência e de regulamento para 2015, é claro que vamos ter que – no momento – aceitar o status quo. Mas nós definitivamente não vamos aceitar o status quo para 2016”.

Toto Wolff acredita que as rivais da Mercedes arriscam danificar a Fórmula 1 caso insistam com as ameças de uma guerra total de motores. “As regras podem mudar com uma maioria simples, mas eu não acho que seja o caminho a se seguir, tentando desestabilizar o sistema e dizer que, se você não concorda com 2015, em seguida vira-se a coisa toda de cabeça para baixo – guerra de motores, sem mais limitações”, explica o chefe da Mercedes.

“Você está analisando de forma muito estreita pelo desempenho da sua própria equipe e não considerando o que está acontecendo ao seu redor e na Fórmula 1. Eu acho que a FIA tem poder sobre isso e a Comissão da F1 vai tomar as decisões, seja por decisão unânime no próximo ano ou pela decisão da maioria no seguinte. E nós vamos ser muito ativos em descrever e colocar para fora o nosso ponto de vista, e então vamos ver o que acontece”, prosseguiu Wolff, que salienta que a Mercedes teme um aumento de custos no próximo ano, caso concorde com o relaxamento das regras de congelamento.

“Acreditamos firmemente que não podemos tomar decisões tolas que iriam aumentar os custos para todos. Precisamos manter tudo sob controle. Devemos isso às equipes que saíram do negócio e nós temos que ficar razoáveis. Vamos retomar as discussões quando voltarmos para a Europa”, concluiu o dirigente.

EB - www.autoracing.com.br

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