F1 – McLaren: Limite orçamental previsto para 2021 ainda é alto

sábado, 22 de junho de 2019 às 9:06

Zak Brown

Os 175 milhões de dólares por ano para 2021 não fornecerão o terreno de jogo nivelado que algumas equipes de F1 esperavam. Esta é a opinião de Zak Brown, o chefe da McLaren, que disse à revista alemã Auto Motor und Sport que o valor vazado não era “uma surpresa”.

“Claro que há coisas que eu gostaria de fazer diferente, mas não faz sentido lutar por mudanças que não virão. Isso é energia desperdiçada”, disse ele.

O valor de 175 milhões de dólares, que não foi confirmado pela Liberty Media ou pela FIA e não foi especificamente mencionado por Brown, exclui coisas como salários de pilotos. “Com todas as exceções, ainda é um grande número”, opinou Brown.

“A coisa mais importante é dar aos fãs um bom show. Acho que não é preciso muito dinheiro para fazer isso. Então, por que não deixar as equipes competirem com orçamentos semelhantes?”, questionou.

Na verdade, a Renault salienta que o limite proposto para 2021 pode significar que a fabricante francesa decida aumentar em vez de diminuir o seu orçamento. Brown concorda que um número inferior “tornaria o esporte menos previsível”.

“No final, os melhores ganharão de qualquer forma. Olhe para a F-Indy. As Penskes, Ganassis e Andrettis ainda ganham o campeonato, mas não ganham todas as corridas. E isso é bom para o esporte. Um limite de orçamento mais baixo ajudaria nisso”, acrescentou ele.

Brown parece concordar com a Renault que, em 2021, a McLaren terá dificuldades para se aproximar do limite de 175 milhões de dólares. “Primeiro, precisamos melhorar em cada disciplina. Depois temos que ver se podemos investir tanto dinheiro quanto os outros sob o teto orçamentário”, explicou ele.

“As melhores equipes não terão centenas de pessoas e centenas de milhões de dólares a mais do que nós, mas não haverá uma mudança de um dia para o outro em 2021. Mas pode ser o início do alinhamento das equipes”, acrescentou Brown.

Na verdade, Brown diz que o valor de 175 milhões dedólares é “nenhum problema” para a McLaren se ajustar. Em contraste, ele prevê que “uma equipe como a Mercedes precisará se livrar de algumas centenas de pessoas”.

“Isso vai causar preocupação”, acredita Brown. “Espero que eles possam distribuir seu pessoal para outros projetos, porque nunca é bom despedir pessoas”.

O CEO da F1, Chase Carey, diz que esperava que houvesse críticas ao eventual número do orçamento máximo. “Em princípio, temos acordo, mas, realisticamente, alguém está sempre infeliz. Nossa máxima é que deve ser bom para o esporte”, declarou ele à Servus TV.

“Temos de conciliar os desejos dos grandes e dos pequenos, dos independentes e dos fabricantes”, acrescentou Carey. “Provavelmente nunca haverá convergência, mas sim dez opiniões de dez equipes. Mas todos devem reconhecer que é a melhor solução possível”.

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