F1 – McLaren confirma lamentável fim de parceria com a Petrobras

segunda-feira, 4 de novembro de 2019 às 13:44

McLaren e Petrobras

A McLaren anunciou o fim de seu contrato técnico e de patrocínio com a empresa brasileira Petrobras com efeito imediato.

A McLaren e a Petrobras se vincularam em 2018 a um contrato de cinco anos, mas a empresa estatal enfrentou pressão do novo presidente brasileiro Jair Bolsonaro para encerrar o contrato o mais rápido possível.

Após meses de especulações e conversas entre as duas partes, a McLaren divulgou um comunicado nesta segunda-feira confirmando que a parceria havia sido encerrada.

“A Petrobras e a McLaren Racing concluíram seu contrato técnico e de patrocínio por consentimento mútuo. A parceria produziu claros avanços tecnológicos em combustíveis e lubrificantes e identificou oportunidades para futuras colaborações nos campos comercial, tecnológico e de responsabilidade social entre as duas empresas”, diz o comunicado.

“Reconhecemos a importância da McLaren no automobilismo global e estamos muito satisfeitos com os resultados entregues durante os dois anos de nossa parceria”, afirmou Roberto Castello Branco, CEO da Petrobras.

“O projeto permitiu à Petrobras desenvolver gasolina e lubrificantes de alta tecnologia por meio de pesquisas com novas matérias-primas e testes realizados em condições extremas. O desenvolvimento tecnológico será utilizado em lubrificantes e combustíveis. Vemos na McLaren um compromisso com a inovação e também a possibilidade futuras parcerias “.

O CEO da McLaren Racing, Zak Brown, acrescentou: “Gostaríamos de agradecer à Petrobras por sua parceria e apoio. Temos um grande respeito por suas capacidades técnicas e científicas e não há dúvida de que os técnicos da empresa fizeram um progresso substancial no tempo em que trabalhamos. juntos.

“Desejamos a todos da Petrobras todo sucesso e esperamos vê-los de volta ao esporte novamente no futuro”.

Apesar do comunicado dizer que o rompimento foi “por consentimento mútuo”, nossas fontes indicam que foi uma decisão unilateral da Petrobras pressionada por seu maior acionista, o governo federal brasileiro.

É curioso que nenhuma das partes tenha citado a multa rescisória que a Petrobras teve que pagar, multa essa que certamente passa da cada das centenas de milhões de dólares.

O Autoracing lamenta muito que uma das maiores petrolíferas do planeta – que vem se recuperando de anos de desfalques criminosos – saia da maior vitrine mercadológica e de inovação técnica do mundo. Na nossa opinião, uma decisão completamente equivocada.

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AS - www.autoracing.com.br

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