F1 – Horner e Binotto discordam sobre motores para 2020

sexta-feira, 2 de agosto de 2019 às 13:00

Mattia Binotto e Christian Horner

A dona da F1, Liberty Media, quer expandir o calendário da F1 para 22 corridas no ano que vem e depois pelo menos 24 corridas a partir de 2021, o que necessariamente vai demandar mais do que três motores permitidos por ano atualmente.

A Liberty já apresentou às equipes um provável calendário de 22 corridas em 2020, desde que as equipes concordem com isso.

Um dos fatores-chave para conseguir essa aprovação é o esclarecimento sobre os motores, porque uma mudança para permitir quatro motores significaria mais custos para as equipes clientes, que talvez com apenas uma corrida a mais que esse ano não compensasse.

Enquanto algumas equipes estão mais abertas à ideia de uma UP extra, Mattia Binotto deixou claro que ele não apóia a ideia – especialmente porque as discussões estão em andamento com a Liberty sobre um potencial cronograma de 24 corridas em 2021 com o nível atual de três motores para temporada.

Sobre uma corrida a mais em 2020, Binotto disse: “Estamos apoiando uma 22ª corrida se isso significar mais receita, mas precisamos ter cuidado com os custos extras”.

“Eu acho que se nós olharmos bem para 2021, no momento, estamos discutindo 24 corridas sem motores extras, sem Ups extras.”

“Eu acho que é um caminho para 2021, então aumentar o número de UPs disponíveis no próximo ano, acho que seria simplesmente errado, porque significa que temos mais motores, mas então [mais] custos que não fazem sentido em geral.”

O chefe da Red Bull, Christian Horner, não concorda com Binotto e calculou que um quarto motor poderia acontecer sem custos adicionais simplesmente reduzindo os testes.

“Em vez de usar motores para testes, se reduzirmos um pouco os testes na temporada e na pré-temporada, se isso liberar um motor que a maioria das equipes usará de qualquer maneira, então isso poderia ser uma possibilidade,” ele disse.

“A partir da próxima corrida, haverá toda uma série de punições e estamos apenas na metade da temporada. Assim, adicionar outra corrida em 2020 e esperar que as equipes só usem três motores e três conjuntos de componentes, é ser muito otimista.”

A vice-diretora da equipe Williams, Claire Williams, disse que a maior preocupação para ela com relação a um calendário ampliado não foi a volta de “três corridas seguidas” que a F1 teve em 2018.

“Eu não gostaria de ver três corridas seguidas no calendário, e acho que estamos certos de que não haverá isso”, disse ela. “Isso quebrou muitas pessoas no ano passado e também do ponto de vista logístico é apenas um pesadelo, um desastre.”

“Ir para a Áustria ano passado, quando todos pegamos motorhomes improvisados, não me pareceu ser bom para a corrida e também não é bom para a base de custo de ninguém.”

AS - www.autoracing.com.br

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