F1 – Grosjean admite que sua carreira poderia ter acabado no meio de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013 às 9:28

Romain Grosjean

Mesmo com um contrato assinado para 2013, Romain Grosjean admitiu que esteve perigosamente perto de ver sua carreira na Fórmula 1 terminar.

“Eu me lembro de ligar para Gerard (Lopez, proprietário da equipe) e dizer que o contrato estava assinado. Mas ele disse que, se eu tivesse quatro acidentes na primeira volta nas quatro primeiras etapas, tudo estaria terminado”.

“Eu respondi que considerava aquilo normal. Acredito que, nesse caso, eu não teria participado de uma quinta corrida”, declarou Grosjean em uma entrevista à revista francesa Auto Hebdo.

Agora ele tem seus problemas pessoais sob controle, um casamento feliz e é pai, mas a Lotus – apesar de competitiva – terminou a temporada com dificuldades. Em meio aos rumores de que o acordo com o Quantum fracassou e que funcionários e fornecedores não estão sendo pagos, Grosjean admite que foi um período complicado.

“Na verdade, para os pilotos, engenheiros e mecânicos, esses são problemas externos”, disse ele. “A temporada terminou em condições difíceis. Foi um momento particularmente duro para Eric Boullier. Mas é nesses momentos que você vê a força da equipe”.

Com o dinheiro do Quantum tão atrasado, Boullier não teve escolha, a não ser recusar Nico Hulkenberg e contratar Pastor Maldonado como companheiro de equipe de Grosjean em 2014. Grosjean admite que Hulkenberg teria sido um “ótimo” companheiro, mas também acha que pode trabalhar bem com o venezuelano.

“Nós nos cruzamos algumas vezes na GP2”, afirmou ele. “Mas creio que ele é muito rápido em uma volta. Quando tudo está em ordem com ele e o carro, e ele está no controle da situação, pode ser bastante veloz, e nós vimos isso no GP da Espanha do ano passado”.

Quanto a Kimi Raikkonen, Grosjean disse que não tinha absolutamente nenhum relacionamento com o finlandês. De fato, alguns acreditam que foi a superioridade de Raikkonen que exacerbou os problemas de Grosjean no ano passado.

“Kimi fez um trabalho incrível após retornar à Fórmula 1”, insistiu Grosjean. “Ele se tornou o líder da equipe, apesar de a Lotus não ter uma divisão de ‘primeiro’ e ‘segundo’ piloto. Kimi é uma pessoa especial, mas não tínhamos nenhum relacionamento. Eu inclusive fiquei surpreso quando ele chegou em Spa e me disse ‘parabéns pelo nascimento do seu filho’. Foi a única coisa que ele me disse em dois anos”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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