F1 – FIA precisa tomar decisão sobre o Bahrain, afirma a FOTA

As equipes da Fórmula 1 insistem que não é decisão delas correr ou não no Bahrain, e sim da FIA.

Em meio à preocupação crescente sobre a segurança no Bahrain após os protestos apoiando o ativista Abdulhadi Alkhawaja, que está preso e em greve de fome há dois meses, o destino da corrida agora é o principal tópico de conversa na Fórmula 1.

Bernie Ecclestone, o detentor dos direitos comerciais da categoria, disse na segunda-feira que as equipes estão livres para cancelar sua ida ao país se estiverem preocupadas com a segurança – apesar de poderem enfrentar consequências comerciais se o fizerem.

Contudo, em uma declaração divulgada pela Associação das Equipes da Fórmula 1, o ônus recaiu firmemente sobre a federação que governa o esporte para que ela decida qual é a atitude apropriada.

“Recentemente, tem havido alguma especulação da mídia dizendo que as equipes podem tentar cancelar o GP do Bahrain deste ano”, afirmou a declaração da FOTA. “Isso não seria possível. As equipes não podem cancelar GPs. Nós corremos em uma categoria internacional chamada Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA, e, portanto, cabe à FIA oferecer orientação às equipes nesses casos”.

A declaração da FOTA foi seguida por uma da Lotus, criticando os organizadores do Bahrain pelo uso dos comentários da equipe em uma nota de imprensa apoiando o evento. Representantes da Lotus haviam visitado o Bahrain a fim de preparar um dossiê privado para todas as equipes a respeito da segurança no país – mas os comentários neste documento foram divulgados para o público.

“Ontem, o Circuito Internacional do Bahrain divulgou uma nota de imprensa contendo declarações de nossa equipe mostrando apoio ao GP do Bahrain”, afirmou a declaração da Lotus. “Essas declarações faziam parte de um documento totalmente interno e confidencial, que também foi enviado confidencialmente a todos os dirigentes da Fórmula 1 na semana passada”.

“A Lotus é uma das 12 participantes do Campeonato Mundial de Fórmula 1, e nós nunca tentaríamos substituir a Fédération Internationale de l’Automobile (FIA), que é a única parte que tem direito a determinar se um GP deve ser realizado ou não, e nós apoiamos a declaração da FOTA que foi divulgada anteriormente sobre esse assunto”.

LS – www.autoracing.com.br