F1 – FIA libera parceria entre Ferrari e Haas após queixa da Mercedes

Ferrari e Mercedes

Os comissários da FIA responderam ao pedido de Mercedes para esclarecimento das regras relativas a cooperação técnica entre as equipes, especialmente no contexto da utilização de túnel de vento. A requisição se deu em virtude da estreita parceria técnica entre a Ferrari e a novata Haas, que vem utilizando as instalações italianas.

Segundo a avaliação, não há nada de errado. “Após ter examinado os relatórios (incluindo relatórios de auditoria nas instalações da equipe) fornecidos a nós, os comissários confirmam que não há evidências de que os concorrentes não tenham cumprido os requisitos dos apêndices 6 e 8 (do regulamento técnico da F1), como havia sido interpretado antes de hoje”, disse um comunicado oficial.

Os comissários reforçaram a definição de muitas áreas das normas, todas as quais tornam mais difícil para as equipes compartilharem dados aerodinâmicos. Entre elas está uma restrição de staff sendo destacado de uma equipe para outra: “Nenhum funcionário de um concorrente que está envolvido no desenvolvimento aerodinâmico pode ser destacado ou empregado temporariamente por outro concorrente, a menos que tal destacamento seja um verdadeiro acordo de longo prazo com o único propósito de fornecer ao outro concorrente dados técnicos especializados. Qualquer funcionário destacado não deve, em seguida, retornar ao concorrente original sem um período adequado (ou normal) de ‘licença de jardinagem’ ou ‘isolamento'”.

Uma das principais conclusões do relatório dos comissários é de que uma nova equipe tem que respeitar as mesmas regras em matéria de utilização de túnel de vento e assim por diante, como qualquer outra equipe existente a partir do momento em que seja aceita no grid. Atualmente esta tem sido uma espécie de zona cinzenta, com equipes apenas sendo consideradas como concorrentes oficiais quando a lista de entradas para o ano seguinte for confirmada em dezembro.

A FIA disse: “Os comissários recomendam à FIA que, no futuro, uma vez que um concorrente potencial se candidate ao campeonato da Fórmula 1 e este pedido for aceito, o concorrente deve estar vinculado pelos apêndices 6 e 8. Essa intenção é entendida como sendo para colocar limites sobre a quantidade de desenvolvimento aerodinâmico que cada concorrente é capaz de realizar e para evitar uma escalada dos custos associados com pesquisas na área de testes aerodinâmicos”.