F1 – FIA continuará monitorando a situação no Bahrain

terça-feira, 7 de junho de 2011 às 11:48
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O presidente da FIA, Jean Todt, deixou a porta aberta para uma potencial reavaliação do retorno do GP do Bahrain ao calendário deste ano se a realização da corrida se mostrar arriscada demais para a Fórmula 1.
“Se tivermos evidências claras de que há uma situação arriscada, isso obviamente será levado em consideração”, declarou Todt à BBC.
Apesar de sugerir que tudo continua aberto, Todt disse que a FIA está satisfeita com o fato do Bahrain agora estar suficientemente seguro para receber a prova – tendo enviado o chefe da federação espanhola de automobilismo, Carlos Gracia, ao país a fim de analisar a situação.
“Nosso enviado especial teve reuniões com pessoas dos direitos humanos responsáveis no Bahrain”, afirmou Todt. “Ele conversou com muitas pessoas antes do relatório ser enviado com a concordância unânime”.
Entretanto, a visão de Todt sobre o Bahrain não é compartilhada por grupos de campanhas à favor dos direitos humanos, que insistem que a situação está bem longe do cenário de normalidade que está sendo retratado.
A organização internacional Avaaz garantiu quase 450 mil assinaturas para uma petição que será apresentada à equipe Red Bull pedindo para que ela e outras competidoras boicotem o GP do Bahrain.
O diretor da campanha, Alex Wilks, declarou à BBC: “As alegações de que a calma foi restaurada e a vida voltou ao normal no Bahrain são completamente falsas. Na semana passada, a polícia continuou usando gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de som para interromper marchas pacíficas, matando e ferindo dezenas de pessoas”.
“Na segunda-feira, 47 médicos e enfermeiras barenitas que estavam simplesmente prestando atendimento aos protestantes feridos foram acusados por um tribunal militar de tentar derrubar a monarquia do reino”.
“Calar esses abusos é um insulto aos centenas de protestantes presos e dezenas mortos em sua luta por mudanças. A decisão da FIA de seguir em frente com a corrida com base em um único relato limitado da situação mostra como o dinheiro prevaleceu sobre a ética”.
“A principal organização que forneceu essa informação, o Instituto Nacional de Direitos Humanos baseado no Bahrain, é fortemente associado com o governo barenita, e parece que o investigador da FIA não contatou nenhuma das outras organizações importantes de direitos humanos. Agora, cabe às equipes defender o que é certo e boicotar a corrida”.

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