F1 – Ferrari: Limite de gastos é ‘muito nobre’, mas não vai funcionar

Sergio Marchionne e Maurizio Arrivabene

Sergio Marchionne, disse que a proposta da Liberty Media de reviver o controverso limite de gastos, assim que assumir o controle total da Fórmula 1, é “muito nobre”, mas não vai funcionar.

Limites de gastos foram discutidos inúmeras vezes ao longo das últimas duas décadas como um meio de controlar os custos e diminuir a diferença entre as grandes gastadoras equipes de fábrica e as pequenas equipes privadas. No entanto, apesar de Marchionne dizer que a ideia em princípio é boa, na realidade ele não está convencido.

“A realidade é que a F1 é um esporte extremamente caro”, disse ele ao The Sun. “Há equipes de fábrica da Renault e Mercedes, grandes empresas que podem se concentrar no desenvolvimento de forma mais ampla, e isso, para os custos, torna-se muito perigoso”.

“Aceito o objetivo de reduzir custos, mas muito depende de nós e como nos adaptamos a essas demandas. Mas eu não acredito que um limite de gastos possa funcionar”.

Ele também acrescentou que a Scuderia não tem economizado dinheiro nos últimos anos, apesar de várias medidas da FIA, incluindo restrições de motor e caixa de câmbio.

“Quando eu olho para relatórios antigos – dez anos e ainda mais atrás – deduzo que a Ferrari nunca se conteve quando se trata de gastar”, acrescentou. “Apesar de todas essas intervenções da FIA para tentar limitar os gastos, as equipes encontraram outras maneiras de gastar”.

“Este é o velho problema para todos aqueles que tentam impor limites para o desenvolvimento do carro: se algumas áreas são deixadas em aberto, os gastos se concentram nestas áreas. Se olharmos para os últimos quatro ou cinco anos, não economizamos um euro, simplesmente redistribuímos nossos gastos para outras áreas”.

“Em princípio, é muito nobre, mas o efeito nunca dá os resultados necessários”.