F1 – Ferrari defende o seu poder de veto

sexta-feira, 30 de outubro de 2015 às 23:08

Maurizio Arrivabene

Maurizio Arrivabene disse que a Ferrari escolheu vetar planos para impor um preço máximo em um pacote de motor e caixa de câmbio por razões puramente comerciais. A FIA quer introduzir um motor alternativo mais barato como uma alternativa viável para correr ao lado dos motores V6 turbo de 1,6 litros introduzidos no início de 2014.

A equipe italiana utilizou o seu direito de veto na última reunião do Grupo de Estratégia, quando foi sugerido que Mercedes, Ferrari e Renault deveriam reduzir o valor que elas cobram das clientes por suas unidades de potência. Mas Arrivabene disse que não é razoável pedir às fabricantes para baixarem os seus preços depois de já terem comprometido suas finanças em desenvolvimento.

“Nós só exercemos nosso direito comercial como uma fabricante de ponta”, disse Arrivabene sobre o uso do seu veto. “Se alguém está lhe pedindo para produzir uma especificação, você produz essa especificação. Se então alguém diz que quer que você reduza o preço, o que vamos fazer?”.

“Não é uma posição contra as outras equipes, é uma posição de defesa do princípio comercial. Estamos abertos a encontrar qualquer outra solução. Se você é uma empresa pública como somos ou como a Mercedes é, você tem custos de investigação e desenvolvimento, algo que você tem que recuperar”, prosseguiu o chefe da Ferrari.

“Eu não sei de qualquer entidade comercial que produza de graça ou a um custo baixo. Este é um princípio. Nós não estamos aplicando o veto em todas as reuniões. Nós emitimos nossa opinião quando necessário”, completou o italiano.

Toto Wolff disse entender o ponto de vista da Scuderia. “Este é um tema controverso e, como muitas coisas, preto e branco não é uma resposta”, afirmou o chefe da Mercedes. “Há um conjunto de regras que foram implementadas na F1 há dois anos. Nós começamos a desenvolver os motores três, quatro, cinco anos atrás, com base nesse conjunto de regras”.

“Você tem que calcular o quanto você pode cobrar por esses motores, quanto (dinheiro) você pode recuperar com eles. É difícil um preço ser imposto. Eu entendo o ponto de vista da Ferrari e também entendo que é uma situação difícil para algumas das equipes menores. Nós continuamos comprometidos com a redução de custos”, concluiu ele.

EB - www.autoracing.com.br

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