F1 – Família de Schumacher solta rara declaração

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019 às 17:24

Michael Schumacher

A família de Michael Schumacher divulgou uma rara declaração pública sobre sua condição médica na véspera de seu aniversário de 50 anos, afirmando que eles estão “fazendo tudo o que é humanamente possível” para ajudar o sete vezes campeão mundial de Formula 1.

Schumacher faz 50 anos amanhã, 3 de janeiro, mas a estrela mais condecorada da história da F1 não é vista em público desde que caiu e bateu a cabeça em um acidente de esqui nos Alpes franceses cinco anos atrás.

Entende-se que ele esteja recebendo cuidados médicos na casa da família perto do Lago Genebra, na Suíça, mas as atualizações sobre sua saúde são poucas e distantes.

O muro de sigilo, aplicado a pedido de sua esposa Corinna, foi estabelecido para proteger um dos maiores nomes do esporte dos tempos modernos.

Mas as ofertas esporádicas sobre um piloto que venceu um recorde de sete campeonatos mundiais, 91 grandes prêmios e comandou milhões de seguidores em todo o mundo, levaram alguns a ponderar se mais detalhes deveriam ser tornados públicos.

A família, aparentemente, se sentiu obrigada a liberar uma declaração em 2 de janeiro, embora qualquer informação médica tenha sido novamente guardada do público.

“Você pode ter certeza de que ele está nas melhores mãos e que estamos fazendo tudo humanamente possível para ajudá-lo”, disse a declaração.

“Por favor, entendam que estamos seguindo os desejos de Michael e mantendo um assunto tão sensível quanto a saúde, como sempre foi, em privado.”

“Ao mesmo tempo, agradecemos muito a amizade e desejamos a vocês todos um ano saudável e feliz em 2019.”

Ross Brawn, um dos poucos que visitaram Schumacher, acredita que a família está certa em esconder sua condição médica.

O ex-empresário de Schumacher, Willi Weber, disse em 2017: “Acho muito lamentável que os fãs de Michael não saibam sobre sua saúde. Por que eles não estão sendo informados da verdade?

No entanto, Brawn, que ajudou a planejar o sucesso de Schumacher na Benetton e na Ferrari, e visitou o ex-campeão na Suíça, não concorda.

“Estou constantemente em contato com Corinna e concordo totalmente com a decisão deles”, disse ele à Press Association Sport.

“Michael sempre foi uma pessoa muito reservada e isso tem sido um princípio orientador em sua carreira, sua vida e sua família, que sempre concordou com essa escolha.”

“É completamente compreensível que Corinna queira manter a mesma abordagem, mesmo após o trágico evento, e é uma decisão que todos devemos respeitar. Tenho certeza de que milhões de pessoas que ainda são fãs de Michael também entenderão isso.”

Na quinta-feira, a Ferrari vai comemorar o aniversário do alemão com o lançamento de uma exposição especial em sua sede em Maranello, no norte da Itália.

A exibição, que é realizada em parceria com a Fundação Keep Fighting – da qual Brawn e o presidente da FIA, Jean Todt, são os dois curadores – irá homenagear o notável sucesso de Schumacher com a equipe italiana.

Schumacher acrescentou aos dois títulos que venceu na Benetton, mais cinco com a Ferrari na virada do século, batendo uma série de recordes muitos vistos como intocáveis.

Mas depois de superar a pole position de Schumacher em 2017, Lewis Hamilton está agora com a apenas 18 vitórias e dois campeonatos desses recordes.

“Lewis é certamente capaz de igualar e superar os outros recordes de Michael”, acrescentou Brawn, agora atuando como chefe de automobilismo da F1.

“Não há dúvida de que Lewis e Michael são incrivelmente talentosos. Na verdade, é o talento natural deles que os une. A maneira com a qual eles alcançaram suas vitórias é onde eles diferem.”

“Michael tratou sua carreira de piloto como se fosse uma missão à qual se dedicou completamente do primeiro ao último dia. De certa forma, Lewis demorou mais para encontrar o seu caminho, e hoje parece que ele achou mais do lado de fora do esporte do que dentro dele”.

Notavelmente, o nome Schumacher poderia estar de volta ao grid em 2020, com a Ferrari e a Mercedes mantendo o controle sobre Mick Schumacher.

Schumacher Jr, o filho de Michael de 19 anos, vai competir na F2 neste ano, depois de conquistar o título da F3 em 2018.

“Carregar esse nome pesa muito, mas Mick administra isso com muito cuidado e inteligência”, disse Brawn.

“Claramente, eu espero vê-lo na F1 um dia, mas o importante é deixar Mick crescer e encontrar seu próprio caminho sem criar expectativas desnecessárias.”

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AS - www.autoracing.com.br

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