F1 – Fabricante de pneus defende mais de 20 GPs por ano

domingo, 10 de agosto de 2014 às 11:29

Paul Hembery

A Pirelli está aberta a um calendário de mais de 20 corridas em uma temporada, mas a Fórmula 1 precisa aprender a tornar novos GPs sustentáveis. Em 2014, a categoria tem 19 corridas, tendo os GPs da Áustria e da Rússia como novidade; passará para 20 no ano que vem, com a adição do México, e poderá ir a 21 em 2016, com o Azerbaijão.

“Você vai para novos locais e carrega algo para importação/exportação temporariamente, esses são os grandes desafios para algo como o circo da F1, porque muitas pessoas não fazem isso”, disse Paul Hembery. “As pessoas tendem a não trazer suas coisas para dentro do país e tirá-las dentro de alguns dias, eles negociam por lá mesmo. Portanto, estas são as coisas que são difíceis e que têm impacto na sua estrutura logística, porque se não há nenhuma garantia de que você pode trazer o seu próprio equipamento, então você tem que comprar equipamentos adicionais para o evento”.

“Então, é puramente logística. No final, quanto mais corridas você tem, mais valor você cria – em última análise – porque você tem mais visibilidade. Então, nós não somos contra fazer mais corridas, isso apenas cria para todos um problema humano prático porque as pessoas lutam com suas vidas naturais, de modo que você pode ter que se desdobrar em algumas áreas e criar uma duplicação de funções, mas você convive com isso. Nós não somos contra fazer mais corridas, isso é certo”, prosseguiu o diretor de esportes da Pirelli, que apenas se preocupa com o fato de GPs novos durarem pouco na F1, como os recentes da Índia e da Coréia.

“Pessoalmente, eu acho que se você tem uma dúvida se os fãs irão vão vir ou não, você tem que ir para muito perto dos centros urbanos ou usar circuitos de rua. Vai ser interessante ver o que acontece na Rússia, com Sochi, que tem um nome por causa das Olimpíadas – vai ser um desafio interessante ver se pode ser bem sucedido. Mas há exceções. Austin mostrou que você pode ter uma cidade inteira atrás de um evento, mesmo que este não seja no centro de cidade. Vimos a Áustria voltar ao mapa e ter um evento cheio de público, mesmo no meio das montanhas. Eles conseguiram fazer esse trabalho”, comentou.

“Portanto, há exceções, mas talvez a gente precise olhar com muito cuidado a forma como esses novos eventos vão ser sustentáveis daqui para frente. Você precisa criar alguma dinâmica e entender a razão do público não estar interessado e o que precisa mudar para deixá-los interessados​​”, finalizou Hembery.

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