F1 – Equipes deverão rejeitar retorno dos testes

sexta-feira, 13 de maio de 2011 às 12:08
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As equipes da Fórmula 1 deverão rejeitar uma oferta do presidente da FIA, Jean Todt, de restaurar testes limitados durante a temporada a partir do próximo ano.
Todt revelou no GP da Turquia do último fim de semana que quer acabar com o banimento dos testes da Fórmula 1 durante a temporada – e planeja discutir o assunto com as equipes antes do GP da Europa.
Entretanto, apesar de Todt acreditar que o retorno de alguns testes faz sentido, as equipes não estão convencidas de que será uma boa mudança, pois temem que isso simplesmente vai levar a um aumento nos custos.
Ao ser questionado pelo site Autosport a respeito de sua opinião sobre a idéia, o chefe da Red Bull, Christian Horner, disse: “Acho que o equilíbrio que temos agora está correto. Talvez pudéssemos treinar um pouco mais na sexta-feira ou ter mais jogos de pneus, o que encorajaria as equipes a andar com mais pilotos jovens”.
“O problema com os testes é que, a partir do momento em que você reintroduzi-los, voltam as equipes de teste e os custos sobem. Uma das maiores economias que vimos é a redução dos testes, então creio que o equilíbrio que temos com os testes da pré-temporada e o teste para jovens pilotos no final do ano está certo – e financeiramente benéfico não apenas para as equipes grandes, mas também para as pequenas”.
O CEO da Force India, Otmar Szafnauer, avalia que o retorno dos testes seria um retrocesso para a Fórmula 1, em um momento em que grandes esforços estão sendo investidos para reduzir custos.
“Não queremos isso. Por que voltar atrás?” declarou ele ao Autosport. “Quando eu estava na Honda, havia algumas coisas fundamentais com as quais não concordamos a princípio, mas creio que nós estávamos errados e Max (Mosley, presidente da FIA na época) estava certo. Uma delas era se livrar do carro de classificação – tínhamos motores de classificação. Por qual custo? Para quê? Nada”.
“Parque fechado. Outra coisa fundamental – acabar não apenas com os motores de classificação, mas com os carros. Ótimo. Não prejudicou o espetáculo. Os motores e as caixas de câmbio estão durando mais do que no passado. Algo fundamental que está certo. Tudo isso reduziu os custos e não arruinou o espetáculo”.
“A ausência de testes durante a temporada economiza muito dinheiro. Não temos uma equipe de testes agora. O que aconteceria se os testes durante a temporada voltassem? Já temos 19/20 corridas, o que exige muito do nosso pessoal. Agora, vamos pedir para que façam mais dois ou três testes. Teremos duas equipes novamente, o que aumenta os custos. Por que voltar atrás? Então, você precisa acrescentar o custo dos testes por quilômetro também”.
O presidente da FOTA e chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, disse à Reuters na Turquia que as necessidades das equipes pequenas seriam uma grande consideração em qualquer alteração visando a volta dos testes.
“Muitas equipes gostariam de mais testes, mas temos de respeitar as equipes pequenas também. Precisamos conter os custos. Se as equipes maiores começarem a testar e isso for visto como uma desvantagem para as pequenas, isso não é bom para a categoria”.
Mesmo se a proposta dos testes for rejeitada na reunião da Comissão da Fórmula 1 marcada para o próximo mês, Todt indicou na Turquia que tentará implementar a medida para 2013 – o que não precisará da aprovação das equipes. “Eu adoraria ter feito em 2011, mas não pudemos impor, pois não havia razão para isso com base na segurança”, afirmou Todt.
“Portanto, será em 2012 se tivermos apoio suficiente. É algo que apresentaremos na próxima Comissão da Fórmula 1, que ocorrerá na quinta-feira em Valencia, e se não em 2012, podemos implementar em 2013 sem nenhum acordo. Será no máximo em 2013, mas espero que as pessoas aceitem alguns dias de testes durante a temporada a partir do próximo ano”.
O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, sugeriu que sua equipe seria favorável a um retorno dos testes durante a temporada. “Não podemos testar, treinar. A Fórmula 1 é o único esporte profissional do mundo onde você não pode treinar ou testar”, disse ele à CNN.

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