F1 – Equipes admitem estar no limite de tempo para construção do carro de 2014

quinta-feira, 7 de novembro de 2013 às 15:34

Sam Michael

As equipes de F1 estão correndo contra o tempo para finalizar seus projetos antes da primeira sessão de testes da pré-temporada de 2014 em Jerez, segundo alguns dirigentes.

Sam Michael, diretor da McLaren, e Alain Prost, embaixador da Renault, acham que todo mundo está começando a perceber o quão apertado está o calendário, apesar de ainda estarmos a três meses do início das atividades.

“Absolutamente, estamos no limite,” admitiu Michael, quando perguntado se as equipes teriam dificuldades para terminar seus carros antes do teste de Jerez, no dia 28 de janeiro. “Hoje em dia, nós temos simuladores, os mais variados tipos de análise, que são mais sofisticados do que da última vez que houve uma mudança no regulamento da categoria mas, ainda assim, estamos correndo contra o tempo. Cada equipe tem um processo que lhe permite evitar erros operacionais, e é isso que acaba atrasando tudo, pois um simples erro nos obriga a repensar toda uma teoria. Aposto que a F1 poderá ver uma grande reviravolta, porque todos sofrerão no começo do ano,” continuou.

Prost, que vem seguindo o desenvolvimento da Renault de perto, acha que a realidade está finalmente começando a assustar as equipes, com a temporada de 2013 chegando ao fim.

“Acho que todo mundo já está consciente do que terá de enfrentar agora,” explicou Prost. “No ano passado, nesta época do ano, ninguém estava preocupado com a temporada seguinte, e ninguém ligava para o que iria acontecer com os motores. Mas quando você começa a trabalhar com isso, e vê a complexidade do problema, não tem como não ficar preocupado. Mesmo do lado das montadoras, com toda a experiência que elas têm, não dá para ficar otimista,” completou.

Tradicionalmente, algumas equipes preferem não participar dos primeiros testes da pré-temporada, o que lhes dá um tempo extra para trabalhar nos simuladores. Entretanto, Sam Michael acha que dificilmente alguém adotará esta estratégia em 2014.

“Não vejo nenhuma vantagem em perder o primeiro teste. Se você não coloca seu carro na pista, não conseguirá testar a confiabilidade das peças que tem. Pessoalmente, não aconselharia perder nem um minuto de tempo de pista em 2014,” completou Michael.

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