F1 – Divisão “desigual” dos lucros precisa ser examinada, afirma Parr

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012 às 9:25

Bernie Ecclestone e Adam Parr

A Comissão Européia deveria examinar os termos que a Fórmula 1 prometeu às equipes de ponta Ferrari e Red Bull para ver se os pagamentos são anti-competitivos, afirmou o ex-presidente da Williams, Adam Parr.

Parr deixou a Williams em março, uma semana depois que a Sky News relatou que Ferrari e Red Bull receberiam até 45 milhões de dólares cada uma e uma vaga no conselho para renovar os termos com a categoria até 2020. Parr vinha sendo o responsável pela negociação dos termos pela Williams.

“Há um caso forte de que uma divisão desigual de poder e dinheiro para um subconjunto de equipes é ilegal”, declarou Parr. Ele não está convencido de que a Fórmula 1 “é organizada com os princípios corretos da competição justa”.

Parr, um ex-advogado, fez tais comentários pela primeira vez em um livro chamado The Art of War (A Arte da Guerra), que foi publicado em 29 de novembro e fala de seus cinco anos na Fórmula 1. Ele disse que saiu da Williams porque, “certo ou errado”, sentiu que Bernie Ecclestone estava negando uma oferta de novos termos para sua equipe enquanto ele estava no comando.

Desde então, a maioria das competidoras, incluindo Williams e Mercedes, renovaram os acordos com a acionista majoritária, a CVC Capital Partners Ltda. Nem a CVC nem Ecclestone revelaram detalhes dos termos desde o relato da Sky News. James Olley, porta-voz da CVC, disse em um e-mail que a firma de capital privado não tem uma resposta imediata aos comentários de Parr.

As equipes não estão dispostas a reclamar do tratamento preferencial com a divisão executiva da União Européia porque são “altamente dependentes da boa vontade” do detentor dos direitos comerciais, afirmou Parr.

Parr se recusou a dizer se discutiu a possibilidade de fazer uma reclamação com o fundador da equipe, Frank Williams. O Daily Telegraph relatou no dia 25 de março que a Mercedes estava pensando em fazer uma queixa sobre os termos desiguais à União Européia.

A Comissão Européia concluiu uma investigação de dois anos da Fórmula 1 em 2001, depois que a categoria concordou em acabar com práticas anti-competitivas, como restrições sobre a realização de outras modalidades automobilísticas nos circuitos.

Sete das 20 etapas da Fórmula 1 foram disputadas na União Européia neste ano. Antoine Colombani, porta-voz da Comissão Européia, declarou que não está ciente de nenhuma queixa ou investigação existente envolvendo a Fórmula 1.

 

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