F1 – Diretor da Mercedes diz que carro da Red Bull tem muito arrasto

sexta-feira, 15 de julho de 2016 às 1:10
Max Verstappen e Nico Rosberg - Silverstone 2016

Max Verstappen e Nico Rosberg – Silverstone 2016

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O diretor técnico da Mercedes, Paddy Lowe sugeriu que a falta de velocidade máxima da Red Bull não é culpa do motor.

A equipe de Milton Keynes estabeleceu-se como a maior ameaça aos alemães no GP da Inglaterra. Mas o déficit na reta do Hangar foi crucial para Max Verstappen ser incapaz de manter Nico Rosberg atrás, depois de ultrapassá-lo em pista molhada antes.

O holandês iria recuperar o segundo lugar após a punição pós-corrida de Rosberg, mas foi uma prova de que, mesmo em uma pista dependente de aero como Silverstone, a Red Bull ainda está um pouco distante de ameaçar a Mercedes em todas as pistas.

A principal fraqueza que a Red Bull tem tido desde que perdeu a condição de equipe dominante na Fórmula 1, tem sido um motor Renault de baixa potência. Pelo menos é isso que a Red Bull sempre alegou.

No entanto, este ano a potência do Renault melhorou muito e deixou de ser aqueles 80 hp de dois anos atrás.

Paddy Lowe acredita que a diferença entre os quatro fabricantes no grid é muito menor do que as pessoas são levadas a acreditar.

Refletindo sobre a situação da Red Bull, ele diz que é a abordagem da equipe austríaca que prejudica sua velocidade máxima.

“Silverstone é um circuito que, sem dúvida é um verdadeiro teste para um F1, tanto em potência quanto em aerodinâmica”, disse ele ao site Motorsport.

“É interessante que a Red Bull constantemente vende uma história sobre a baixa potência que eles têm, mas apenas para esclarecer as coisas, neste evento como muitas vezes acontece, eles escolheram usar um nível de angulação de asa maior que nós.”

“Portanto, parece que eles têm menos potência nas retas e são mais rápidos nas curvas, porque essa é a escolha que eles fazem.”

“A realidade é que não há uma grande diferença entre os motores atualmente, mas ainda há diferenças entre o downforce que você pode usar.”

Certamente, com o downforce sendo a força tradicional da Red Bull, não seria uma surpresa ouvir que eles estão tentando maximizar essa vantagem sobre a Mercedes.

Para corroborar os comentários de Lowe, a Red Bull tem alcançado grandes velocidades máximas em situações de corrida. Usando o DRS, Daniel Ricciardo chegou a 360kph em Monza em 2014, velocidade semelhante a que a Red Bull alcançou em Baku.

A principal característica da Red Bull é que grande parte de seu downforce vem do gerenciamento do fluxo de ar debaixo do carro.

A F1 vai ter mais disso no próximo ano, com os novos projetos criando um efeito solo maior. Entretanto, as criações de Adrian Newey fazem com que a traseira de seus carros sejam mais altas que as dianteiras, em comparação com outros carros.

Isto gera uma pressão na área do difusor, que suga o carro para a pista, criando assim mais força descendente (downforce).

Isso é ótimo em curvas de média e alta velocidade, mas significa que o carro tem bem mais arrasto independentemente dos níveis de asa. Mesmo nos quatro campeonatos seguidos que a Red Bull venceu, seus carros sempre estavam entre os mais lentos em velocidade máxima.

Então, Paddy Lowe tem razão quando argumenta que a Renault não é a única culpada pela falta de velocidade máxima de seu rival.

AS - www.autoracing.com.br

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