F1 – Conheça detalhes dos motores V6 turbo de 2014

quinta-feira, 17 de outubro de 2013 às 18:19

Motor Mercedes V6 turbo

O chefe de motores da Mercedes, Andy Cowell, disse que os novos motores turbo de 1.6 litros, que serão introduzidos no próximo ano, não serão o fator determinante – no entanto, ele acha que haverá mais diferenças entre os motores rivais do que há atualmente.

Mercedes, Ferrari e Renault vão fornecer os motores para as equipes no próximo ano, com a Cosworth deixando o esporte no final de 2013. Os novos motores, que terão mais relevância para carros de rua, irão substituir os V8 atuais.

“Eu acho que nós veremos mais diferença entre os motores no próximo ano”, disse Cowell. “A FIA permitiu que os motores que ficaram mais fracos “na era 2008″ – pudessem fazer atualizações de desempenho para diminuir a diferença. Agora, há uma nova chance para um aumento da diferença de confiabilidade e desempenho.”

“No entanto, também haverá espaço para uma grande expansão em termos de aerodinâmica, além dos pneus, portanto tudo isso junto é que vai fazer diferença. Eu não acho que o motor sozinho será o fator determinante. Eu acho que este conjunto de fatores vai nos trazer corridas com muitas variações.”

Com essa grande mudança de regulamento, Cowell diz que problemas de confiabilidade serão inevitáveis. “Há uma boa chance de a confiabilidade ser um fator maior no próximo ano do que é atualmente”, disse ele. “Nós teremos novas tecnologias introduzidas em todas as áreas do motor. Há também uma mudança no regulamento desportivo, onde em vez de oito motores por piloto por ano, serão apenas cinco.”

Quando perguntado se as equipes serão capazes de passar uma temporada inteira com apenas cinco motores, o engenheiro Mark Gillan disse: “Eu ficaria surpreso se isto acontecesse. Mas os fabricantes de motores têm gasto muito tempo e dinheiro à procura de confiabilidade”.

“As equipes também estão preocupadas com a dirigibilidade desses carros e analisando isto nos simuladores para ver a melhor forma de usar menos combustível durante a corrida. Isso pode levá-las a ter diferentes requisitos em termos de mapeamento, o que certamente terá um impacto sobre a dirigibilidade e confiabilidade”.

Se as equipes não conseguirem fazer a temporada com cinco motores, haverá penas de diferentes graus, dependendo do tipo de falha.

Gillan acrescentou: “Para os espectadores será difícil entender o sistema de punições. Foi feito um grande esforço para tentar aplicar punições justas através de um sistema de classificação em que, se uma parte do motor falhar, pode significar a perda de dois lugares no grid, mas se o motor completo falhar, a punição pode ser de cinco lugares.”

Na próxima temporada o KERS será substituído por ERS (sistema de recuperação de energia). Cowell disse: “O sistema novo vai recuperar a energia de duas fontes – a energia cinética do carro em freadas (como hoje) e a energia térmica deixada no fluxo de escapamento através de uma turbina em um motor elétrico”.

“As duas fontes de energia serão armazenadas em baterias com aproximadamente 10 vezes mais capacidade do que as baterias que estamos usando hoje com o Kers. Cerca 4MJ poderá ser armazenado, o que dará mais de 34 segundos por volta usando o sistema. Esse é um percentual significativo de tempo para quando os pilotos quiserem usar força total, e vai contribuir com mais de dois segundos no tempo de volta”.

O outro grande desafio para as equipes será a eficiência do combustível, uma vez que o mesmo será limitado a 100 kg para a corrida. Isso é uma redução de 60 kg em relação a esta temporada.

“Os 100 kg para a corrida foram uma escolha agressiva”, disse Cowell . “É uma redução de 35%. É por isso que nós introduzimos o turbo, que é a única grande peça que nos proporcionará melhoria da eficiência.”

AS - www.autoracing.com.br

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