F1 – Conferências de imprensa sobre Schumacher não irão mais ocorrer

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014 às 7:18

Michael Schumacher continua lutando pela vida

As conferências de imprensa sobre o estado de saúde de Michael Schumacher não irão mais ocorrer, a menos que aconteça algo “significativo”. Essa é a informação da assessora de imprensa do heptacampeão mundial, Sabine Kehm, depois de informar diretamente do hospital em Grenoble que a situação em que o ex-piloto alemão se encontra agora é “estável”, mas ainda “crítico” permanecendo em coma depois de seu acidente de esqui.

“Eu acho que os médicos explicaram muito bem quais são os planos”, disse à televisão alemã. “Então, nós só vamos realizar conferências de imprensa, quando tivermos informações significativas dos médicos para noticiar”.

“O fato de ter que realizar conferências todas as manhãs, atrapalharia os médicos e, todos nós estamos muito ansiosos para que eles sejam capazes de trabalhar em paz”, acrescentou Kehm.

“Eu não vou informar os relatórios do estado de Schumacher a cada dia, pelo menos enquanto a situação permanecer estável e não existir nenhuma mudança, seja positiva ou negativa”.

Enquanto não temos novas notícias sobre o estado de Schumacher, o interesse da mídia internacional sobre a recuperação do piloto mais bem sucedido da F1 permanece incomparável.

Alguns comentaristas disseram que a queda de esqui, apenas um ano depois que ele se aposentou da F1, pela segunda e última vez, demonstra que “Schumacher sempre foi viciado em adrenalina”, em outras palavras que o alemão não foi capaz de aliviar o pé do acelerador em nenhum momento, mesmo estando aposentando da categoria máxima do automobilismo mundial.

O jornal alemão Bild citou uma testemunha dizendo que o capacete de Schumacher foi “cortado em dois” pelo impacto, obviamente de altíssima velocidade.

“Toda a sua carreira na Formula 1 você está no limite”, declarou Mika Salo a emissora finlandesa MTV3 , que substituiu Schumacher na Ferrari em 1999 quando o alemão teve uma perna fraturada no GP de Silverstone.

“Quando você está acostumado a viver assim, então mesmo em seus hobbies você pode se machucar, especialmente quando você praticá-los em um nível extremo, como é o caso de Michael”.

Alain Prost acrescentou: “Todos os dias após você se aposentar da F1, você tenta preencher um vazio, mas nada lhe dá a sensação máxima de adrenalina”.

Porém outras personalidades têm defendido o ex-piloto alemão.

“Ele (Schumacher) me explicou que muitas vezes dava a impressão para as pessoas de fora que ele é viciado em risco e velocidade”, disse Kai Ebel, apresentador da emissora RTL, talvez o último a entrevistar Schumacher longamente no início deste mês.

“Mas ele sabia muito bem a sua capacidade e disse-me com uma grande ênfase que ele nunca está fora de controle com a velocidade”, ele declarou ao jornal Bild.

Flavio Briatore, um dos primeiros chefes de Schumacher na F1, concorda.

“Eu estava com ele em um carro desde um hotel, aeroporto, ou indo para os circuitos centenas de vezes e, acreditem eu nunca o vi fazer qualquer estupidez”, disse o italiano ao La Gazzetta dello Sport

“No trânsito, Michael era muito cauteloso, tolerante com aqueles em seu caminho”. “Agora, ele estava esquiando com seu filho e eu não posso imaginar que ele poderia estar a uma velocidade vertiginosa”.

“O que ocorreu com Schumacher, me deixou muito triste”, finalizou Briatore, que está de férias em seu resort no Quênia.

O ex-piloto Jarno Trulli também insistiu que Schumacher não é “irresponsável”.

“Ele estava esquiando com seu filho, já que muitos pais fazem isso nessa época do ano”, disse. “Ao longo de sua carreira, ele sempre foi muito consciente com a segurança”.

“Na verdade, é graças a Michael que durante seus anos de atividade na F1, muitas melhorias foram feitas em matéria de segurança”, acrescentou Trulli.

“É verdade que um piloto está acostumado a viver com o risco, mas é um risco calculado e certamente menos perigoso do que muitas pessoas que saem para beber em um sábado à noite e voltam dirigindo irresponsavelmente para casa”.

“Nós fazemos o nosso trabalho e no Natal estamos de férias”, disse Trulli. “Assim como Michael, eu também estou indo agora para as montanhas esquiar”, finalizou.

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