F1 – Comentários pós corrida – McLaren – GP do Canadá

segunda-feira, 13 de junho de 2011 às 0:29
j_button.01Jenson Button, 1º colocado
Foi a melhor vitória da minha carreira, hoje é um dia muito especial para mim. Saí de último para primeiro e venci a corrida, ultrapassando os carros à minha frente na pista. Vencer um GP superando os seus rivais com uma série de ultrapassagens é ainda melhor. Provas em condições instáveis são sempre traiçoeiras – mas eu adoro quando você precisa buscar aderência no circuito ao invés de saber com antecedência onde ela está. Foi uma vitória incrível – acho que não poderia ter sido melhor, principalmente após Monte Carlo, onde acreditávamos que tínhamos a vitória nas mãos, mas ficamos desapontados no final. Tive um pouco de sorte hoje quando Sebastian (Vettel) cometeu um erro na última volta, mas creio que mereci essa sorte. Quanto ao incidente com Lewis, não consegui ver nada atrás de mim, exceto um borrão vermelho, mas poderia ter sido a minha asa traseira: obviamente, é da mesma cor do carro de Lewis. Fui para a esquerda, que é o traçado, e senti uma pancada, temi que seria o fim para nós dois. Lewis sabe que não fiz de propósito, e eu também sei que ele não fez de propósito. Conversei com ele antes da corrida recomeçar, e está tudo bem. Quero parabenizar meu engenheiro de corrida Dave (Robson). Não havíamos vencido juntos antes, portanto é um resultado muito especial para ele também. Agora, só quero aproveitar este momento, já fazia bastante tempo e não poderia ter sido mais doce. Não consigo parar de sorrir agora.
Lewis Hamilton, não completou
Primeiramente, quero oferecer meus sinceros parabéns a Jenson – ele fez uma corrida absolutamente incrível e mereceu totalmente esta vitória. Foi uma performance fantástica de um grande piloto. Também lamento pela equipe; eles trabalharam duro nesta semana e mereciam os pontos de uma dobradinha hoje. Mesmo com as condições sendo difíceis desde a largada, eu tinha uma boa aderência e estava fazendo o melhor que podia para manter o carro na pista; acredito que eu tinha um bom ritmo e nenhum problema em particular. Toquei no carro de Mark depois que ele freou cedo demais na primeira curva. Ele me deu espaço suficiente, mas eu toquei na zebra interna e escorreguei em direção a ele. Então, comecei a lutar. Quando eu estava atrás de Jenson, ele perdeu a freada na última chicane e saiu mal, portanto eu consegui me colocar ao seu lado. Parecia que eu já tinha metade do carro ao lado dele na reta dos boxes – mas como ele provavelmente não me viu, continuou fazendo o traçado normal. Não havia espaço para mim, então bati no muro. É claro, não acho que foi intencional: conheço Jenson suficientemente bem e sei que ele não faria isso. É uma boa pessoa. Agora, vou apenas me concentrar na próxima etapa e no restante da temporada. Seria ótimo se eu pudesse me classificar um pouco melhor no grid a fim de evitar problemas em Valencia, mas nosso ritmo de corrida é bom e eu realmente quero ir bem lá.
Martin Whitmarsh, chefe da equipe
O GP do Canadá de 2011 poderá ser lembrado como uma das corridas mais emocionantes e movimentadas da história da Fórmula 1. Após um período de chuva torrencial que tornou o circuito inguiável e provocou uma longa bandeira vermelha, a prova recomeçou com Jenson em 21º. Logo, ficou aparente que seu carro estava em boa forma, mas o que se seguiu quase desafiou a lógica. De fato, creio que ouvi a palavra “inacreditável” gritada para mim por colegas eufóricos cerca de cem vezes nesta tarde, e a pilotagem de Jenson foi exatamente isso: absolutamente inacreditável. Outros adjetivos que me veem à mente são “heróico”, “majestoso”, “magnífico” e “super”. O pessoal também fez um ótimo trabalho – realizaram seis pit-stops apenas para Jenson, em condições difíceis, sob enorme pressão – e esta vitória dramática destaca o extraordinário espírito de equipe que existe dentro da McLaren. O ritmo de corrida do nosso carro foi consistentemente forte hoje em Montreal, em Monte Carlo há duas semanas e também em Barcelona na semana anterior; agora, vamos para Valencia, onde esperamos dar sequência a esta base de velocidade competitiva. Lewis teve uma prova bastante curta e frustrante, que terminou quando ele e Jenson se tocaram na reta dos boxes. Tomamos a decisão de pedir para que ele encostasse seu carro na pista, e nossa inspeção pós corrida revelou que foi a escolha certa: sua suspensão estava tão danificada que teria sido impossível continuar. Em nossa visão, foi apenas um incidente de corrida, e tanto Lewis quanto Jenson compartilham essa visão. Assim como os comissários da FIA, que fizeram um ótimo trabalho em condições difíceis hoje. Algumas vezes, um acidente não é culpa de ninguém, e foi uma dessas ocasiões. Como Jenson, Lewis já está ansioso por Valencia, onde espero que o MP4-26 e ambos os nossos pilotos consigam conquistar outra vitória.

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