F1 – Comentários pós corrida – Ferrari – GP da Índia 2012
domingo, 28 de outubro de 2012 às 14:23Fernando Alonso, 2º colocado: Podemos lutar contra as Red Bulls mas, no momento, ainda não temos um carro capaz de vencer. Mais uma vez, neste ano, vimos que na corrida a situação é muito melhor do que na classificação. Uma grande largada, uma grande primeira volta, uma boa velocidade máxima e o desgaste adequado de pneus, além de pilotar a 120% em cada uma das 60 voltas de corrida, renderam este segundo lugar. Nós fizemos o que podíamos, como em cada corrida: se vencermos o campeonato no final, então ninguém poderá dizer que foi por erros dos outros, pois sempre fizemos o máximo. Teremos algumas atualizações em Abu Dhabi: vamos esperar que possamos dar um passo a frente, pois será importante começar a diminuir a diferença de pontos, há 75 em disputa, o que é muita coisa. Eu ainda estou otimista, mesmo que todos estejam conscientes de que temos que melhorar o nosso desempenho, especialmente no sábado. Eu não sei se este foi o meu melhor desempenho da temporada, pois é sempre difícil fazer esse tipo de comparação. Acho que foi similar a Valência ou Monza: eu forcei do início ao fim, talvez correndo mais riscos em algumas ultrapassagens comparando com corridas anteriores. Hoje, após o início, eu tentei atacar de imediato as McLarens. Elas estavam brigando entre si e talvez tenham se esquecido de mim, e consegui passar pelo menos uma delas. Depois eu também consegui ultrapassar o Button, mas o tempo perdido nessas voltas permitiu que as duas Red Bulls abrissem um pouco de diferença. No segundo trecho, aproveitei ao máximo os problemas do Webber com o KERS para ultrapassá-lo: mais uma vez, vimos que tudo pode acontecer e que as corridas são sempre longas e difíceis.
Felipe Massa, 6º colocado: Foi uma luta muito dura, do início ao fim. Depois de cerca de 20 voltas, foi-me dito que eu tinha que tentar economizar combustível, então eu acabei fazendo mais de metade da corrida sem poder forçar. Posso assegurar que definitivamente não foi fácil, porque o Kimi sempre esteve muito próximo de mim. Não foi o resultado que eu queria, mas, mesmo assim, estes são pontos importantes para o campeonato de construtores. O tempo perdido no segundo treino livre me custou caro, principalmente porque não fomos capazes de otimizar nosso pacote. O duelo com Kimi após o pit stop? Eu consegui sair do pitlane na frente, mas depois eu o deixei passar na curva 3, porque ele estava muito próximo e eu queria usar a asa DRS na reta. Acho que ele percebeu isso, mas então já era tarde demais, eu tinha a vantagem e consegui ficar na frente. Agora vamos para Abu Dhabi, que é uma espécie de segunda corrida em casa para a Ferrari, pois temos um belo parque temático lá. Vamos esperar que nós tenhamos mais algumas atualizações no carro e que possamos garantir um resultado melhor do que este sexto lugar.
Stefano Domenicali, chefe da equipe: Que corrida foi essa do Fernando, simplesmente incrível! Ontem, ele disse que iria tratar esta corrida como se fossem 60 voltas de classificação, e ele foi fiel à sua palavra: esteve no ataque do início ao fim, foi o único do top 10 no grid que ganhou posições no final. Este segundo lugar se deve ao seu talento, à sua abordagem agressiva e ao fato dele nunca desistir, sendo apoiado por uma equipe que está fazendo a máximo para dar um carro que seja digno dele. Claro, nós deixamos a Índia com uma diferença maior para o líder do campeonato de pilotos, mas esta corrida não deve deixar aqueles que estão à frente calmos e relaxados. Fernando e a Ferrari não vão abrandar os seus esforços um centímetro até o final desta temporada. Felipe fez uma corrida boa, atacando no primeiro trecho, mas depois ficou na defensiva no segundo, em parte devido a algumas limitações que ocorreram na gestão do combustível. Em qualquer caso, o seu sexto lugar é muito valioso para o campeonato de construtores, onde conseguimos aumentar nossa vantagem sobre a equipe terceira colocada, mesmo que os líderes tenham se distanciado. Há mais três finais pela frente, contra adversários muito fortes, mas eles não são imbatíveis. Lembro que, em 1982, o time de futebol italiano definitivamente não era o mais forte, mas ganhou a Copa do Mundo. Acreditamos nas nossas chances e, tenho certeza, assim como todos os nossos fãs!
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