F1 – Boullier critica “expectativas erradas” em relação à McLaren

McLaren-Honda

Eric Boullier, diretor de corrida da McLaren, criticou aqueles que esperavam que a equipe tivesse sucesso imediato após sua reunião com a Honda.

“Ninguém está feliz com as posições de classificação e os resultados de corrida que tivemos, mas é a situação atual”, declarou Boullier ao site Autosport. “Nenhum piloto está satisfeito com isso, mas eles estão felizes com o que vem pela frente, e posso dizer que a atmosfera dentro da equipe é fantástica, todos estão trabalhando com comprometimento total”.

“O mais importante é que sabemos o que estamos fazendo, quais são os nossos pontos fracos – e quando digo ‘nós’, me refiro a McLaren e Honda – e precisamos trabalhar nisso. A pior coisa é ter as expectativas erradas. É verdade que as pessoas esperavam que a Honda aparecesse com a McLaren e vencesse tudo, mas era a expectativa errada”.

Boullier acredita que os pessimistas precisam olhar a Mercedes como o exemplo perfeito de uma organização que entrou na Fórmula 1 se apoiando no sucesso de outra equipe, mas precisou ter paciência antes de alcançar o sucesso.

“A Mercedes é um caso especial, porque uma grande mudança no regulamento os beneficiou”, acrescentou Boullier. “Porém, eles mostraram que não há mágica. Você não pode aparecer e vencer imediatamente. É impossível. Depois da Brawn GP, a Mercedes levou quatro anos para construir sua organização, algo parecido com a Red Bull, o que é um ciclo normal nas corridas”.

“Não estou dizendo que precisamos de quatro anos, mas esta é nossa situação atual, e se as pessoas não gostam, o problema é delas. Definitivamente, não estamos felizes, mas nosso trabalho está sendo incansável em todas as áreas visando garantir que chegaremos lá adequadamente”.

“Queremos nos recuperar a longo prazo, como a equipe de ponta que a McLaren é. E quando digo adequadamente, há alguns passos e estágios pelos quais você precisa passar, porque é impossível comprar experiência e tempo. No entanto, quando eventualmente chegarmos lá, vai ser bom o suficiente para nos mantermos no topo a longo prazo”.