F1 – As grandes equipes não estão cegas para problemas financeiros das menores

Christian Horner

As grandes equipes não estão cegas para as dificuldades financeiras que as menores estão enfrentando, insiste o chefe da Red Bull, Christian Horner. Os custos do esporte serão alvo de discussão no dia 1º de maio entre a FIA e o Grupo de Estratégia, formado pelas escuderias.

A ideia inicial da FIA era estabelecer um teto orçamentário. Mas as equipes maiores foram radicalmente contra tal controle, e a ideia agora é baixar os gastos estabelecendo regulamentações mais rígidas.

“No final, temos que ter algo para combater. Você tem a Lotus, cuja situação tem sido bastante terrível nos últimos dois anos, e a Williams, que tem um orçamento apertado, ambas representadas nesse grupo (de estratégia). A opinião delas é muito importante”, comentou Horner, que não entende a insatisfação das equipes menores pela não adoção do teto orçamentário.

“Como poderia um limite de 200 milhões de dólares ajudar a Sauber? Eles não economizariam nem um dólar. As questões fundamentais são: quais são os nossos ítens mais caros? Se você lidar com esses fatores e, em seguida, criar um grid mais nivelado, com mais criatividade para as equipes, será uma forma muito mais saudável de se controlar os custos do que uma imposição”, prosseguiu o dirigente.

Uma das queixas das equipes menores é que elas têm sido marginalizadas das discussões sobre os cortes de custos. Apenas seis delas estão no Grupo de Estratégia da F1: Red Bull, Ferrari, Mercedes, McLaren, Lotus e Williams. No entanto, segundo Horner, todas as 11 da categoria estavam cientes de como seria a nova estrutura de governança da F1 quando se comprometeram com novos acordos comerciais com Bernie Ecclestone.

“Todas elas tinham uma escolha quando assinaram o Pacto de Concórdia, e todas aceitaram. É um pouco hipócrita estar reclamando de algo com que todos já concordaram. No Grupo de Estratégia há equipes que estão na mesma situação que a Force India, por exemplo, ou pior. Portanto, há uma visão equilibrada nessa discussão. O Grupo de Estratégia é exatamente para isso: analisar as estratégias para o futuro do esporte”, concluiu o chefe da Red Bull.