F1 – Após falar com médico, ex-piloto teme sequelas para Schumacher

Michael Schumacher continua lutando pela vida

Michael Schumacher segue em coma induzido no Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França, em estado crítico e com risco de morte. O ex-piloto alemão está internado desde domingo, após ter sofrido um acidente de esqui. Novos boletins médicos não são divulgados há três dias, e não haverá outro a menos que haja alguma mudança significativa em seu estado de saúde.

O também ex-piloto da Formula 1, Philippe Streiff, esteve no local e conversou com o médico Gerard Saillant, responsável por Schumacher. A maior preocupação seria com eventuais sequelas, como paralisia e perda da fala. Sua vida não estaria mais em risco.

“Michael está um pouco melhor. Eu acho que ele pode ficar sem sequelas, confio nisso. Mas ele (Saillant) me disse que ainda não sabe como tudo vai acabar. O sangramento continua, era em ambos os lados, agora só no lado direito do cérebro e isso é um progresso, mas poderá afetar a fala. Estão realizando tomografias diariamente para ver como os edemas estão sendo absorvidos e, quanto mais rápido isso acontecer, menos ele vai ficar paralisado. Mas se a hemorragia seguir por muito tempo, ele pode ficar com uma hemiplegia (paralisação de um lado do corpo), ou perda da fala. Mas espero que nada disso aconteça”, disse Streiff, que ficou paraplégico após um acidente em 1989, durante os treinos para o GP do Brasil em Jacarepaguá.

Em entrevista ao jornal Bild, o médico que cuidou de Schumacher após seu acidente de moto, em 2009, explicou que ele ficou com alguma sequela naquela oportunidade. “A artéria esquerda foi rompida. E só há duas artérias que irrigam o cerebelo”, comentou Johannes Peil, diretor da clínica esportiva de Bad Nauheim, que por outro lado acredita que nada disso possa afetar a recuperação do ex-piloto.

Outras notícias surgiram nas últimas horas, como o fato de uma câmera utilizada por Schumacher em seu capacete ter sido apreendida pela polícia local, que tambem interrogou o filho dele, que o acompanhava na estação de esqui. A equipe médica precisou parar o helicóptero para evitar a morte do alemão, durante o transporte do local do acidente para o hospital.