F1 – Análise técnica de Cingapura, por Luiz Razia

sexta-feira, 23 de setembro de 2011 às 16:01

f111-cingapura_aerials-350Desde 2008, a Fórmula 1 vem realizando um antigo sonho de correr sob a luz da lua. E a corrida noturna não poderia ser em um lugar mais moderno: Cingapura. A cidade-estado localizada no sudeste asiático é o quinto país mais rico do mundo em termos de PIB, uma das dez cidades mais caras do mundo e a terceira da Ásia.

O cenário do espetáculo é um dos circuitos mais exigentes do calendário, montado nas ruas de Marina Bay. Com 5.013 metros e 23 curvas, a pista é um desafio para os pilotos, uma vez que a temperatura ambiente, na casa dos 30ºC, não dá uma trégua nem na calada da noite. Azar para os freios, que serão muito exigidos, e os pneus, de compostos supermacios e macios, que devem proporcionar as mais variadas estratégias.

Ao contrário do comum aos brasileiros, o GP de Cingapura tem algumas de suas atividades realizadas “mais tarde” por conta do fuso horário, como a tomada de tempos, marcada para as 11 horas (de Brasília) do sábado; a corrida segue às 9h do domingo. Confira uma análise técnica feita pelo baiano Luiz Razia, terceiro piloto do Team Lotus:

Aerodinâmica

“Como é um circuito de rua, Cingapura não é muito especial na parte aerodinâmica nos carros. Porém, as equipes grandes, inclusive o Team Lotus, trazem atualizações para melhorar a eficiência, mesmo que a demanda seja pouca em termos aerodinâmicos. Mas, para pequenos décimos de segundo, tudo conta.”

Motor
“Cingapura nao tem tanta exigência em termos de motor; o GP da Itália foi o que mais precisava de potência, e as equipes devem usar ainda os motores frescos da Itália para a classificação”

Freios
“Por ter muitas curvas, a pista requer bastante dos freios. Pelo fato de constantemente serem usados, provavemente as equipes usarão os dutos dianterios maiores, para aumentar o fluxo de ar nas pinças e discos e melhorar a conservação da temperatura ideal”

Pneus
“A Pirelli fez uma boa escolha para essa etapa. Não esperamos que os pneus irão se deteriorar, mas podem proporcionar uma boa corrida no domingo. A pista tem um nivel baixo, é um asfalto não tanto abrasivo.”

DRS/KERS
“O Kers tem um grande impacto nesta pista, pois, como existem muitas acelerações e freadas, é muito importante usar esses sistemas nos lugares certos e com bastante frequência.”

Estratégia
“Dependendo como os pneus se comportarem na pista, creio que duas paradas podem ser ideal em Cingapura. Porém, se as equipes perceberem que podem ganhar bastante vantagem com pneus novos, eles podem ir para três paradas.”

FH – www.autoracing.com.br

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