Equipes da F1 não chegam a acordo em relação ao FRIC

terça-feira, 15 de julho de 2014 às 10:42

Sensores na suspensão traseira da Mercedes

As equipes da Fórmula 1 não chegaram a um acordo unânime para adiar o banimento do sistema de suspensão FRIC até o final da temporada, segundo o site Autosport.

A situação significa que agora existe a possibilidade de protestos contra qualquer equipe que utilize o conceito da suspensão dianteira e traseira interconectada no GP da Alemanha deste fim de semana.

Após a carta da semana passada na qual Charlie Whiting, delegado técnico da Fórmula 1, destacou sua crença de que o FRIC poderia ser contestado, houve esforços visando fechar um pacto entre todas as competidoras impedindo protestos.

Porém, apesar de quase todas elas serem favoráveis ao acordo, algumas das equipes pequenas se mostraram mais relutantes em permitir que o FRIC continuasse pelo restante da campanha. Entende-se que essa postura levou algumas das grandes, que inicialmente estavam dispostas a aceitar o adiamento, a mudar de opinião – acabando com todas as esperanças de um acordo.

Um porta-voz da FIA confirmou nesta terça-feira que a federação não espera mais fechar um acordo para impedir protestos contra o FRIC neste fim de semana. “Nós ainda não recebemos e nem esperamos receber o acordo de todas as equipes para a anistia proposta”, disse ele.

A ausência de um pacto impedindo protestos significa que cada equipe agora precisa decidir se vai utilizar ou não o FRIC. O risco para quem optar por continuar com o sistema é ser excluído dos resultados se houver um protesto bem sucedido.

A FIA não deverá oferecer nenhum conselho em relação ao que as equipes devem fazer agora, tendo deixado claro na carta da semana passada que acreditava que o sistema poderia ser considerado ilegal. Ontem, a McLaren foi a primeira a confirmar que seus carros não irão utilizar o FRIC em Hockenheim, e espera-se que outras façam o mesmo.

Entretanto, com a FIA indicando que provavelmente não vai interferir e tomar atitudes contra qualquer equipe que estiver usando o FRIC, a situação será decidida pelos protestos. Um cenário possível é que uma equipe use a quinta-feira do evento como um teste para a legalidade do FRIC – já que os comissários têm a palavra final a respeito da legalidade dos componentes.

Se o conceito foi considerado ilegal, o FRIC poderá ser removido antes do início do primeiro treino livre na sexta. Se os comissários discordarem da opinião de Whiting de que o FRIC é um dispositivo aerodinâmico móvel, isso abriria caminho para que todas as equipes voltassem a utilizá-lo.

 

LS - www.autoracing.com.br

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