Entenda o duplo DRS passivo da Formula 1

terça-feira, 8 de janeiro de 2013 às 16:17
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Mercedes GP - duplo DRS passivo

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As equipes de Formula 1 estão enfrentando uma decisão cada vez mais difícil – se prosseguem ou não com o duplo DRS passivo em 2013 -, apesar do sistema apresentar mais vantagem ainda após o ajuste nas regras sobre quando o DRS normal pode ser usado.

A FIA mudou o regulamento do DRS normal para este ano, com os pilotos agora autorizados a ativar o dispositivo nos treinos e na classificação apenas nas áreas da pista onde ele será usado na corrida.

DRS duplos ativos como os usados pela Mercedes e Red Bull – onde a asa traseira é alimentada pelo ar que vem através de dutos fazendo-a estolar e aumentando a velocidade do carro nas retas – também foram proibidos. Este sistema é considerado “ativo” porque depende da intervenção do piloto; quando ele aciona o DRS normal, um segundo DRS também entrava em ação.

No entanto, os conceitos de DRS passivo – que independem da intervenção do piloto – como os testados pela Mercedes e Lotus no ano passado, que podem estolar a asa para um aumento de velocidade em todas as retas, permanecem legais, e devem produzir uma grande vantagem devido ao uso restrito do DRS para este ano.

A implementação do DRS duplo passivo está longe de ser fácil, especialmente depois de tanto a Mercedes como a Lotus terem encontrdo grande dificuldade em adquirir confiança no sistema no ano passado.

O maior problema é fazer o dispositivo ligar e desligar na velocidade correta.

O dispositivo tem que passar a funcionar a uma velocidade maior do que a curva mais rápida da pista, para que os pilotos não sofram uma perda súbita de pressão aerodinâmica nas curvas de alta velocidade, que é onde eles mais necessitam.

Isto significa que a vantagem do sistema passivo é limitada apenas às seções das retas que são mais rápidas do que a curva mais rápida, portanto é um sistema que não tem muito valor em pistas com curvas muito rápidas.

Pistas ideais para um sistema de DRS duplo passivo são aquelas que apresentam longas retas e curvas somente de baixa velocidade.

Há também uma outra complicação que a Lotus e a Mercedes descobriram. Devido às características da pressão de ar em torno de um carro de F1, a velocidade à qual o DRS passivo desliga para fazer com que a asa traseira volte a funcionar plenamente, nem sempre é a mesma.

Isto significa que o ponto de disparo tem de ser ajustado num ponto de velocidade ainda mais elevado para garantir que não haja risco do piloto ficar sem downforce traseiro em curvas imediatamente após longas retas.

Falando sobre o conceito no final do ano passado, Brawn disse que se o DRS passivo tiver o sinal verde, então, seria improvável que ele seja utilizado em todas as pistas.

“O sistema não ativa e desativa necessariamente na mesma velocidade – já que ele pode ter algum lag (atraso)”, disse ele, quando perguntado sobre as dificuldades que a Mercedes havia encontrado.

“Para algumas pistas não vai valer a pena, você não será capaz de obter qualquer vantagem substancial.”

“Você precisa de pistas com uma boa série de curvas de baixa velocidade. Em pistas com curvas de alta velocidade o sistema fica muito difícil operar e a vantagem é muito pequena.”

À frente de uma temporada onde espera-se que o grid de F1 ficará mais próximo ainda por causa da estabilidade regras, qualquer pequena vantagem é intensamente perseguida, por isso o duplo DRS passivo continua atraente.

Brawn acrescentou: “A vantagem disso é que você pode usá-lo o tempo todo. Eu não acho que fará uma enorme diferença na classificação, quando você pode usar o DRS normal, mas os sistemas passivos podem ser usados em todas as voltas.

“No momento, você só pode usar DRS quando você está perto do carro da frente, mas com sistemas passivos que você pode usá-los o tempo todo, e é por isso que eles são atraentes.”

A Mercedes e a Lotus foram para as férias da F1 determinadas a manter a avaliação do conceito do DRS duplo passivo, e entende-se que ambas as equipes ainda estão considerando a idéia de como introduzirão o sistema em seus carros de 2013.

É provável também que as equipes rivais estejam trabalhando para fazer o sistema funcionar.

No entanto, Brawn está convencido de que mesmo que as equipes façam o DRS duplo passivo funcionar corretamente em 2013, isso não será uma garantia de sucesso.

“O ganho de desempenho está lá, mas não é enorme”, disse ele. “Não é como foi com o Duto-F. Será bom ter, mas não vai ser um divisor de águas em termos de competitividade.”

Abaixo você poderá assistir a duas explicações de como funcionava o Duplo DRS ativo, antes de ser proibido. A primeira é da italiana Gazzetta Dello Sport. Logo abaixo a emissora inglesa de TV Sky Sports mostra sua versão.

 

Observação: Ainda não encontramos um gráfico mostrando como o DRS passivo funciona.

AS - www.autoracing.com.br

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