Ecclestone: A Formula 1 não precisa de fãs jovens

sexta-feira, 14 de novembro de 2014 às 9:27

Bernie Ecclestone

A Fórmula 1 não deveria estar buscando uma geração mais nova de fãs se eles são o alvo errado para os patrocinadores da categoria, alega Bernie Ecclestone, chefe executivo da categoria.

“Não estou interessado em Twitter, Facebook e o que quer que sejam essas besteiras”, declarou Ecclestone em uma entrevista à publicação Campaign Asia-Pacific. “Tentei descobrir, mas, de qualquer modo, sou muito antiquado. Não consegui ver nenhum valor nisso. E não sei o que a chamada ‘geração jovem’ de hoje realmente quer. O que é?”

Ao ser questionado se não vale a pena atrair uma audiência jovem, Ecclestone disse: “Se você tem uma marca que deseja expor diante de algumas centenas de milhões de pessoas, posso fazer isso facilmente para você na televisão”.

“Agora, você está me dizendo que preciso encontrar um canal para fazer esses garotos de 15 anos assistirem a Fórmula 1 porque alguém quer expor uma marca nova diante deles? Eles não terão o menor interesse”.

“Os jovens verão a marca Rolex, mas irão comprar um relógio? Não podem pagar. Ou nosso outro patrocinador, UBS – esses garotos não se importam com bancos. Não têm dinheiro suficiente para colocar no banco. Isso é o que penso. Não sei por que as pessoas querem atrair a chamada ‘geração jovem’. É para lhes vender alguma coisa? A maioria desses garotos não tem nenhum dinheiro”.

“Prefiro um homem de 70 anos que tem muito dinheiro. Portanto, não faz sentido tentar atrair esses garotos, porque eles não irão comprar nenhum dos produtos que são anunciados aqui, e se os publicitários estão visando essa audiência, talvez devessem anunciar na Disney”.

No restante da entrevista, Ecclestone comparou a controvérsia cercando o colapso de Marussia e Caterham ao modo como o caso de Oscar Pistorius na África do Sul ganhou destaque.

“Ninguém sentirá falta das duas equipes, porque elas não andavam na frente; só possuem um nome que as pessoas conhecem por causa dos problemas que estão enfrentando”, disse ele. “Se você quer ser reconhecido, precisa fazer alguma coisa”.

“Este coitado na África do Sul (Oscar Pistorius), por exemplo, gerou mais interesse por causa do que aconteceu com ele do que quando estava ganhando medalhas de ouro. Ele conquistou medalhas e, posteriormente, ninguém se lembrou dele”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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