Discórdia entre as equipes ameaça o corte de custos na Formula 1

O prospecto de um corte de custos radical na Fórmula 1 está ameaçado, enquanto o prazo do final de junho estabelecido por Jean Todt se aproxima e as equipes não se entendem.

Essa é a alegação da Auto Motor und Sport da Alemanha, relatando o risco de que 30 de junho pode passar sem que reformas significativas sejam apresentadas ao Conselho Mundial de Automobilismo.

Depois de sábado, as regras de 2013 só podem ser influenciadas pelas equipes no improvável caso de existir unanimidade. Recentemente em Valencia, ocorreram discussões acaloradas – inclusive envolvendo Todt, presidente da FIA, e o chefe executivo da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, mas grandes áreas de interesse comum ainda não foram encontradas.

“Pelo menos sete das 12 equipes estão ameaçadas se, por exemplo, perderem um patrocinador”, declarou o jornalista Michael Schmidt. “Neste ambiente, o fato de as equipes ainda estarem discutindo sobre a introdução do controle de custos no regulamento esportivo da FIA é um mistério”.

Toto Wolff, acionista que está ganhando cada vez mais influência na Williams, reforçou a necessidade de policiar brechas nas regras dos custos, citando rumores de que algumas equipes estão simplesmente ignorando o Acordo de Restrição de Recursos atual. “Precisamos de penalizações claras visando impedir isso”, disse o austríaco.

Porém, Frank Williams afirmou em uma entrevista nesta semana que é “contra qualquer tipo de interferência. Não quero nenhuma interferência de terceiros nos negócios, ter pessoas investigando, querendo checar isso e aquilo”, disse ele. “É como esperar pelo coletor de impostos todos os dias”. Essa entrevista agora desapareceu do site oficial da Fórmula 1.

E a Auto Motor und Sport relata que Lotus e Force India – equipes que deveriam aprovar o corte de custos – são contra uma restrição adicional do tempo permitido para testes no túnel de vento.

Parece que as equipes intermediárias estão mais preocupadas com o custo do motor V6 e do KERS. “Eu vou garantir que permaneça sob controle”, declarou Todt, mas a estimativa dos preços nos bastidores das fornecedoras de motores da Fórmula 1 conta uma história diferente.

LS – www.autoracing.com.br