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sexta-feira, 20 de abril de 2012 às 2:17
Dario Franchitti manda Newarden para o muro
Dario Franchitti manda Newgarden para o muro

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O jovem Josef Newgarden mostrou pra todo mundo que é um piloto rápido e arrojado. Largou na primeira fila na prova da Indy em Long Beach e ainda por cima atacou o quatro vezes campeão Dario Franchitti por fora na curva um. Dario deixou o carro rolar pra cima do moleque de 20 anos e o colocou nos pneus. Fim de prova pra ele e uma divisão clara: erro de principiante ou esperteza do veterano?

Na minha opinião um pouco das duas coisas. Por fora na curva um ninguém gosta de levar.  Dario deixou a roda dianteira direita ali e mandou o moleque pros pneus. Mas Newgarden facilitou, retardando a frenagem no limite do limite…foi otimista e aprendeu ali mesmo que o Dario só tem cara de bonzinho…

O novo diretor de prova da Indy parece ser daqueles árbitros argentinos de futebol que atuam na taça libertadores, deixam a bola rolar. Nesse “lance” mesmo demorou pra acionar a bandeira amarela. Mas ela veio.

No melhor estilo Super Car V8 a prova seguiu com vários toques entre os pilotos, asas tortas como a do Rubens Barrichello e até decolagem, com Grahan Rahal tentando evitar a ultrapassagem de Marco Andretti sobre ele. E Marco passou sobre mesmo… punição, cartão amarelo, vermelho? Nada.

Até a temporada de 2011 a Indy tinha um “árbitro” que “apitava” todo e qualquer lance. Brian Barnhart não deixava passar nada. Tinha gente que dizia que ele mandava bandeira amarela em oval até quando um pombo passava sobre a pista “ ameaça de sujeira na pista”. Brincadeiras à parte ele travava o processo e no ano passado estava fora de si em várias corridas até o ápice de dar largada num oval sob chuva…ai a casa caiu pra ele.

Este ano temos como diretor de provas Beaux Barfield, um cara que já avisou que toda e qualquer decisão é dele e com ele. Nada de triunvirato, como no caso do Brian, pra votar…ele ouve algumas pessoas mas decide sozinho! Nas três primeiras corridas ele mostrou que não quer dar muita amarela e que os pilotos é quem vão decidir na pista. Muito bom.

Barfield vem de outro tipo de corrida, a Le Mans Series. Imagine o cara tomando conta de uma corrida que tem quatro tipos de carros diferentes em provas de longa duração. Batidas, toques, erros e toda sorte de azares e barbeiragens de inúmeros pay drivers ( se eu tivesse grana eu também pagaria pra correr),  fizeram de Barfield um expert, um pós graduado. A graduação veio na Champ Car e o high school, a F-Atlantic.

Somente na volta final ele resolveu dar cartão amarelo para Ryan Hunter Reay, que tirou Takuma Sato da pista e para Helio Castroneves, segundo ele causador do travamento da pista que impediu Will Power de chegar logo na festa pela vitória. De quebra tirou de Rubens Barrichello o que seria um sétimo lugar. Trinta segundos.

A corrida foi bem movimentada e mostrou que os pneus estão ajudando a tornar as provas um espetáculo esportivo e de entretenimento. Os pilotos também estão mais conscientes de que o DW12 é um carro forte o suficiente pra aguentar os toques e batidas mais fortes e com esse diretor de prova mais leniente a coisa tende a esquentar até o final do ano.

A Chevrolet está arrasando com a Honda na briga entre os fabricantes de motores, enquanto a Lotus…bem ela parece que nem chegou ainda. Nesse início de campeonato e a Chip Ganassi sofre muito com isso, Franchitti mais que Dixon, enquanto a Penske passeia com seu sempre rápido Will Power.

No Brasil aposto numa recuperação da Honda que deve ter seus engenheiros trabalhando muito na Califórnia pra dar mais potência, confiabilidade e economia (Só isso?) a suas equipes, lembrando que a Honda não tinha um motor próprio desde o final de 2002, quando saiu da CART.  E você, o que pensa?

Celso Miranda

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AS – www.autoracing.com.br

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