CVC deverá salvar equipes menores e a F1

terça-feira, 4 de novembro de 2014 às 15:44
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Empresa controladora da F1

Vários veículos da mídia inglesa, incluindo o prestigiado jornal The Times e a Sky Sports reportam hoje que os acionistas controladores da Formula 1 propuseram fazer um pagamento de USD 160 milhões em uma tentativa de encerrar a crise financeira do esporte.

Três equipes com pouco dinheiro, Force India, Sauber e Lotus, ameaçaram não participar do GP de domingo passado nos EUA em protesto contra a forma como as receitas da F1 são divididas. Os relatos indicam que o boicote só foi evitado após uma intervenção da CVC Capital Partners.

Segundo o The Times, “o boicote só foi evitado após Donald Mackenzie, presidente da CVC Capital Partners, que é a empresa que controla a F1, ter telefonado para Gerard Lopez, o dono Lotus, em Austin para oferecer essa solução.

É importante lembrar que Bernie Ecclestone – apesar de ser considerado por muitos como o dono da F1 – é um funcionário de alto escalão da CVC.

A CVC e outros acionistas ficam com uma parte considerável dos lucros do esporte, estimados em USD 1.3 bilhões em 2013.

Desses USD 1.3 bilhões, pouco menos de USD 850 milhões foram entregues a equipes (veja aqui) como prêmio em dinheiro, mas as equipes maiores recebem uma parcela muito maior, graças tanto ao seu desempenho na pista, mas também a acordos comerciais separados.

As duas menores equipes da F1, Caterham e Marussia, entraram em concordata na quinzena passada, embora haja possibilidade que a Marussia possa voltar para o GP de Abu Dhabi no final deste mês.

O The Guardian citou Lopez dizendo: “Eu sei que a CVC e Bernie [Ecclestone] estão olhando para isto. Vai ser um pagamento básico [além do dinheiro pago por posições no campeonato] dadas às equipes menores, que vai essencialmente tornar possível ter um orçamento normal para trabalhar.

“Para ser honesto, não é realmente uma coisa complicada de fazer, apenas exige um pouco de boa vontade. O montante global que estamos discutindo, uma vez que você comece a dividir pelo número de equipes, não é nada do outro mundo.

“Existe uma maneira de construir uma proposta nos próximos dias. Eu realmente acho que há uma maneira de resolver isso, provavelmente até chegarmos a uma proposta antes do GP do Brasil [no próximo domingo]. E nesse caso não vejo razão alguma em fazer qualquer coisa drástica que poderia prejudicar o esporte”.

AS - www.autoracing.com.br

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