Confira um breve histórico sobre Gilles Villeneuve [ 11/06/2003 ]

segunda-feira, 22 de novembro de 2010 às 20:10

Depois de um bom começo de carreira nas motos para a neve, Gilles realizou algumas provas na F-Atlantic. Em 1976, por ocasião do GP de Trois Rivières, o seu estilo chamou a atenção do inglês James Hunt, que viria a ser campeão mundial de F1 no mesmo ano. Hunt fez muitos elogios ao estilo do canadense nos paddocks da F1. Em 77, Teddy Mayer disponibilizou um modelo M23 para que ele pudesse participar do GP da Inglaterra. Na corrida Gilles impressionou a todos, apesar de ter concluído a corrida numa modesta décima primeira posição, nesta que foi a única de suas 67 corridas na F1 em que ele não pilotou uma Ferrari. Mayer liberou o piloto devido a conflitos de interesse entre seus patrocinadores.

Enzo Ferrari prestou atenção na atuação do jovem talento e fez um contato com o canadense no mês de agosto daquele ano. Sua estréia na Ferrari aconteceu no Canadá, quando Niki Lauda decidiu deixar a equipe por se opor à presença de Gilles em um terceiro monoposto. Na disputa canadense, Villeneuve teve uma saída de pista e abandonou. No Japão estava fazendo uma bela corrida, mas ela se acabou após uma batida com Ronnie Peterson, que defendia a Tyrrell. O acidente teve um saldo trágico, já que o Ferrari número 21 atingiu jornalistas e fiscais de pista causando a morte de três pessoas.

As duas corridas não afetaram sua imagem junto ao comendador Enzo Ferrari. O dirigente efetivou o canadense na escuderia ao lado do argentino Carlos Reutemann. Seu melhor resultado em 1978 foi uma vitória em casa, no GP do Canadá. No ano seguinte sua fama de piloto arrojado ficou comprovada quando travou uma batalha épica pela segunda posição no GP da França, disputado em Dijon-Pernois. A Renault comemorou a primeira vitória de seu carro com motor turboalimentado, mas o canadense impediu uma dobradinha certa da equipe francesa, quando tocou rodas e dividiu freadas com o piloto René Arnoux.

Outro aspecto marcante na sua personalidade era a retidão mostrada em relação aos pedidos da equipe. Em 1979, a Ferrari apostou suas fichas no sul-africano Jody Scheckter. Gilles aceitou o pedido da equipe e Scheckter ficou com o título. Em 1982, Gilles estava liderando o GP de San Marino diante de seu companheiro de equipe, Didier Pironi. O francês não atendeu aos apelos da equipe para que ambos mantivessem suas posições e passou pelo canadense, vencendo a corrida. Após esta atitude, Gilles deixou de falar com Pironi.

A prova seguinte era em Zolder, na Bélgica e a tragédia abateu-se sobre a F1. No sábado, dia 8 de maio, Villeneuve queria superar o tempo de Pironi, quando o March de Jochen Mass cruzou seu caminho. O piloto perdeu o controle de seu carro e bateu no muro, dividindo seu Ferrari número 27 e arremessando seu corpo para longe. O piloto foi encaminhado para o hospital, mas não resistiu à fratura no pescoço, vindo a falecer. O governo canadense fretou um avião para buscar o corpo do piloto e as maiores autoridades do país estiveram presentes em seu funeral. Como homenagem, além da pista localizada em Montreal, um enorme museu com o nome Gilles Villeneuve foi construído em Berthierville (Québec).

Passados tantos anos de seu falecimento, Gilles ainda é lembrado como um dos pilotos mais arrojados de todos os tempos, apesar de limpo na pista e um cavalheiro fora dela. Muito querido pela torcida até hoje, Gilles ainda tem fã clubes ativos em mais de 10 países.

Em 67 largadas, veja seus números:

Vitórias de Gilles Villeneuve
1978 Canadá
1979 África do Sul
1979 Eua Oeste – Long Beach
1979 Eua Leste – Watkins Glen
1981 Mônaco
1981 Espanha

Poles
1979 EUA Oeste – Long Beach
1981 San Marino

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