Carey: China é um plano de longo prazo para a F1

domingo, 30 de julho de 2017 às 7:45
Chase Carey

Chase Carey

A Fórmula 1 vê a China como plano de longo prazo e um segundo GP na nação de 1,3 bilhão de pessoas permanece a anos de distância, de acordo com o presidente e diretor executivo do esporte, Chase Carey.

“A China é um pouco como os EUA – dois mercados enormes. Provavelmente levará tempo”, disse o americano à Agência Reuters no GP da Hungria. “São mercados que provavelmente serão importantes para a F1 em um período de cinco a 10 anos, e não em um período de três anos”.

A China já tem um GP em Xangai desde 2004, mas o contrato está previsto para renovação e a corrida do próximo ano tem um asterisco sobre ela, juntamente com a etapa de Cingapura, que também está sujeita a confirmação.

Carey disse que estava tendo “boas conversas” com os organizadores de ambas as provas. Enquanto as negociações continuam, também se falou que a China acabaria hospedando uma segunda corrida, junto com a expansão nos Estados Unidos.

O diretor executivo da McLaren, Zak Brown, afirmou no início de julho que a F1 precisava de duas corridas na China, e sugeriu que uma deveria ser em um circuito de rua para aproximar as pessoas. A F1 também anunciou um acordo com a agência de marketing Lagardere Sports para construir parcerias estratégicas na China a partir de 2018.

Andrew Georgiou, diretor executivo da Lagardere Sports and Entertainment, disse à Reuters em março que o crescimento das classes médias chinesas poderia render 400 milhões de pessoas nos próximos 12 ou 13 anos, com renda disponível para gastar em entretenimento e estilo de vida.

Carey salientou que era importante ter um parceiro que entendesse o mercado e ajudasse a estabelecer as bases para a Fórmula 1, criando uma audiência através da televisão, mídia digital, exposições e eventos.

“Eu acho que é muito mais holístico do que ‘é uma ou duas corridas?’Eu acho que isso está colocando o carrinho antes do cavalo”, disse o americano. “Começa com ‘quais são as relações corretas para desenvolver o mercado chinês e com eles desenvolver as extensões e a capacidade de se conectar com o mercado e os fãs chineses da maneira correta?’. Você poderia ter uma segunda corrida? Sim. Mas essas são discussões a serem realizadas futuramente”.

Carey explica que o foco nos próximos seis meses seria o desenvolvimento de uma estratégia para o crescimento do esporte: “A tecnologia em nosso esporte e as estrelas tornam um esporte fantástico para ressoar com o parceiro chinês, precisamos construir as plataformas para se conectar com eles do jeito certo”.

O presidente, que substituiu Bernie Ecclestone no comando em janeiro, após a aquisição do esporte pela Liberty Media, acredita que qualquer corrida na China atrairia uma grande multidão. Mas isso não era o mais importante.

“O importante será ‘como faremos quaisquer eventos e todas as coisas em torno deles, permitindo que 1,3 bilhões de chineses se conectem com eles. Eu acho uma segunda corrida… nas prioridades de desenvolvimento do mercado chinês, é como prioridade cinco ou seis. Em algum momento, será importante, mas agora não é a prioridade de como você começa a se conectar com 1,3 bilhão de pessoas na China”, concluiu ele.

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