Arrivabene: Vídeo games são uma ameaça para a F1

quarta-feira, 24 de outubro de 2018 às 10:25

Maurizio Arrivabene

A Fórmula 1 enfrenta a competição dos vídeo games na disputa pela atenção dos fãs de corridas e precisa levar essa ameaça em conta além de melhorar o espetáculo, diz Maurizio Arrivabene, chefe da Ferrari.

“Nossos competidores hoje, e isso é minha opinião pessoal, são os PlayStations”, declarou Arrivabene.

“Nós provavelmente temos de mudar nossa mentalidade e focar a atenção em nossos competidores. Atualmente, existe uma ampla oferta de entretenimento e nós precisamos analisar tudo, não apenas certos esportes ou tentar equalizar as coisas”.

“O PlayStation é nosso competidor? Na minha opinião, sim. O que você tem de fazer para bater os PlayStations? Provavelmente, precisa fazer algo que seja mais interessante. Hoje, a oferta é maior do que há muitos anos”.

A Ferrari apoia o teto orçamentário proposto para 2021 e suavizou sua ameaça de abandonar a F1 por causa das mudanças no regulamento, mas ela ainda está preocupada com sua implementação.

Arrivabene disse que reduzir os custos é válido, mas aumentar o interesse na F1 exige mais do que apenas um teto orçamentário.

“Precisamos ser honestos e perguntar ‘como está o nível de interesse na F1 em relação ao passado?’ O que temos de fazer não é o teto orçamentário – é uma das soluções, mas não a única. Precisamos relançar a categoria, o que é uma equação um pouco complicada e complexa”.

“Se a audiência está ficando cada vez mais velha em um certo ponto, você trabalha para manter o que tem e sua atenção está menos focada em atrair a geração mais jovem, isso significa que há um problema. E você precisa encontrar uma solução”.

Muitas equipes esperam que alterações como o teto orçamentário e limites no número de funcionários, que devem começar a entrar em vigor em 2021, tornarão as coisas mais justas no grid.

Entretanto, Arrivabene sugeriu que seria injusto manipular completamente a competitividade das equipes e comparou a situação com a disparidade no tamanho e na riqueza dos times de futebol.

“Como você pode dizer ao Real Madri ‘desculpe, quando você jogar com um time pequeno, não jogue com seus melhores, e sim com seu time intermediário’. Por favor, é ridículo. O esporte é feito pelos grandes times, faz parte do fascínio”.

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