Análise técnica e desafios da nova Williams FW27 01/02/05

segunda-feira, 22 de novembro de 2010 às 22:28
Williams FW27

O novo caro da Williams para esta temporada foi todo pensado, desenhado e construído na tentativa de desafiar as novas regras da categoria para este ano sem perder muita performance. É o carro mais leve e com chassis mais rígido que a equipe de Grove construiu até hoje.

A Williams é a equipe que mais venceu corridas com os pneus Michelin desde que esta voltou para a Formula 1. Toda a aerodinâmica, transferência de peso, balanço mecânico e controle de tração do FW 27 foram projetados e construídos para melhorar a performance dos pneus, que não poderão ser trocados a partir da classificação até o final de cada corrida, a não ser por furos ou defeitos claramente visíveis de fabricação. Por isso é necessário conseguir máxima aderência sem destruir os pneus, o que representa um grande desafio para os engenheiros.

O motor BMW também sofreu inúmeras modificações, já que terá que durar dois finais de semana seguidos sem troca. As penalidades – caso seja necessário trocar o motor – são severas. Se a troca fora antes da classificação o piloto perderá 10 posições no grid. Caso a troca tenha que ser feita após a classificação o piloto perderá todas as posições e terá que largar em último.

Para projetar, desenvolver e fabricar o novo carro foi necessário:

– Processar 1.3 terabytes no CFD, ou Dinâmica de Fluidos Computacional. 1 terabyte são cem milhões de bytes, equivalente a 69.333 volumes da Enciclopédia Britânica.

– 250 mil horas/homem de desenhos foram gastas no FW27, além de mais 250 mil horas/homem para a fabricação e montagem.

– 4.500 esboços de desenhos foram feitos para se chegar no chassi do FW27. Se colocados lado a lado estes desenhos teriam 5.350 km de extensão. Ainda serão gastos mais 4.000 de desenhos durante o clico de vida do FW27. No final da temporada estes desenhos colocados lado a lado iriam de Londres a Buenos Aires.

– O FW27 vai acelerar de 0 a 200km/hora em cinco segundos. A desaceleração dentro do carro chegará a 5 gs. 1g equivale a bater numa parede de concreto a 30km/hora. A temperatura dos freios gerada na desaceleração vai chegar a 600º em um segundo.

– A bordo do FW27 a temperatura de exaustão vai alcançar 950ª e mesmo a temperatura no sistema pneumático de válvulas será igual a duas vezes e meia o ponto de ebulição a 250ª.

– O motor BMW P84/5 contem 5.000 componentes a precisa de 100 horas/homem para ser montado. A BMW historicamente produz 200 motores por temporada, mas esse numero será reduzido em 2005.

– O motor BMW pesa menos de 90 quilos.

– A 19.000 rpms (rotações por minuto), 316.7 revoluções e 1.583.3 pontos de ignição acontecerão a cada segundo no motor BMW. Enquanto 9.500 medidas de velocidades são feitas, os pistões cobrirão uma distancia de 25 metros e sugarão 550 litros de ar.

– No P4, a aceleração máxima de um pistão era de 10.000g e sua velocidade máxima era de 40 metros por segundo

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.