Alonso não está “nem um pouco feliz” com a F1 atual

quarta-feira, 20 de julho de 2016 às 9:19
Fernando Alonso

Fernando Alonso

Fernando Alonso lamentou o que ele considera a direção incerta da Fórmula 1 e os muitos aspectos negativos das regras atuais que estão lhe fazendo considerar seu futuro.

Expressando sua insatisfação, o bicampeão mundial declarou à Autosprint: “Atualmente, a F1 está em uma fase de altos e baixos, pois a direção da categoria não é clara para muitas coisas”.

“Não estou nem um pouco feliz com algumas coisas que estão ocorrendo: nunca podemos pilotar os carros em seu limite real, nunca podemos atacar tanto quanto gostaríamos porque os pneus não permitem”.

“Se você força demais, eles superaquecem e perdem aderência imediatamente. Se você usa demais o motor, passa dos parâmetros de consumo. Para ser veloz na F1 de hoje, você não deve atacar demais, esse é o segredo, mas isso é contra os instintos de um piloto”.

“É por isso que os carros atuais não são tão prazerosos de pilotar em comparação com outros períodos, quando o regulamento técnico era diferente. Esta situação não me deixa muito feliz. Não estou dizendo que eles são mais fáceis de guiar, mas certamente são do ponto de vista físico ou de encontrar o verdadeiro limite”.

“Isso porque, antes, quando você atacava uma curva, a velocidade no meio dela era tão alta que você realmente precisava confiar no carro. Com menos aderência, é mais fácil encontrar o limite. Antes, você precisava de uma massagem de duas horas depois de 10 voltas, agora é possível fazer 150 voltas quase sem suar”.

Alonso já sugeriu que as mudanças de regras radicais para 2017 precisam fazer com que ele volte a se divertir pilotando carros de F1, caso contrário o espanhol pode deixar a categoria após seu último ano de contrato com a McLaren para disputar as 24 Horas de Le Mans ou as 500 Milhas de Indianápolis.

“Várias coisas mudarão no próximo ano, vamos esperar que o prazer de pilotar volte a ser um fator importante”, acrescentou Alonso. “Se a F1 continuar seguindo uma direção diferente da que eu conhecia e amava no passado recente, eu poderia considerar outras alternativas e sair da categoria”.

“Le Mans seria a opção mais próxima do meu estilo de pilotagem e do que eu sempre fiz. A Indy 500 é fascinante, uma mudança radical porque você precisa aprender um estilo e uma maneira de pensar completamente diferentes”.

“Apesar disso, eu estaria aberto a aprender porque, quando você foi campeão mundial de F1, há apenas duas outras corridas equivalentes em termos de prestígio: as 24 Horas de Le Mans e a Indy 500. De qualquer modo, seria uma ideia, um plano a longo prazo para ser transformado em realidade”.

 

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