A realidade do Chase!

Kevin Harvick

Colaboração: Dyego Gonçales Marcondes

Os mais puristas da língua portuguesa, dirão que eu fiquei amalucado, devaneei posto de reticências ou pensarão que eu não sei nada do que estou escrevendo, mas eu apenas tendo botar um “bibop” no meu samba, quando vejo o que de fato foi o chase da Nascar esse ano.

Esse novo sistema de competição da Nascar trouxe algo que há anos eu não via, não ao menos dessa forma que vi durante os meses de outubro e novembro deste ano, o sistema de eliminação é muito bom, inexplicável, saudável e trás brigas diretas dentro e fora da pista, não que a Nascar não tenha disso, mas que agora se mostra muito mais intensa e constante.

Enfim, gostaria de aproveitar o pequeno espaço para comentar sobre os quatro postulantes do título em que apenas um venceu, Harvick, Newman, Hamlin e Logano, quatro gênios, em cada uma da sua habilidade especifica.

Começando de trás para frente, vimos o merecedor, aquele que foi mais ousado de todos, sobrou coragem para o Sr. Harvick fazer e acontecer em Miami, não pelo fato de enfrentar os melhores e mais precisos, mas sim por ousar colocando quatro pneus novos faltando dezenove voltas para o final da corrida – eu sei que o Logano também colocou quatro naquele pit, porém teve mais que o azar de ter a saia quebrada –, ou o final do campeonato, ao final da corrida tanto sua esposa quanto o filho, estavam lá, firmes e orando para o resultado vir logo.

Tudo bem que o querido A. J. Allmendinger fez o favor de bater logo no final da corrida, para esquentar e muito aquela que provavelmente não seria um resultado plausível, não vou expressar minha opinião pessoal, pois assim estaria aqui fazendo bom uso da palavra para exaltar alguém que não ganhou, ou simplesmente apresentar meu choro.

O Sr. Harvick, não mostrou que é só o novo campeão da Nascar, mas sim enfrentou situações que durante esse Chase – que para muitos não é justo – o que é surpreendente, mostrar quem realmente é quando se tem um carro bom na mão, estreante de equipe, Harvick não mostrou nenhuma timidez quando teve um ótimo carro na mão, sem dúvida merece aqui o melhor destaque de um novo campeão.

Por outro lado, ver o gordinho Newman fazendo preciosidades com o #31, e levar seu carro para o vice campeonato, foi sem dúvida a mais pura ousadia visualizada pela Nascar até hoje. Diferentemente do Newman de 2003, com aquelas oito vitorias, vimos um Newman totalmente conservador, sabendo jogar a nova Nascar que nada mais é que aquela de resultados constantes. Será que se ele não fosse da equipe Hass teria levado seu carro ao topo? Eu ainda tenho minhas dúvidas.

Falando da minha opinião pessoal, o #11, foi sem dúvida o menino que mais parecia levar o caneco, não por mérito, não pelo carro, mas sim por tamanha constância que mostrou no Chase, mesmo não vencendo nenhuma no Chase, foi aquele que sempre se mostrou constante no Chase – assim como o Newman –, de certa forma além do que seu carro suportava, me lembrou muito o grande Hamlin de 2010, mas sua decisão em não parar no ultimo pit não custou apenas a corrida e sim um campeonato, ledo engano, de ter sonhado com a vitória.

Por último, e não tão importante, o #22, menino mimado, deixou sua genialidade em casa, e que tem que aprender muito com a vida, aprender a perder, perdi totalmente o encanto que eu tinha pelo grande piloto Logano, é aquele mesmo que substituiu não menos que o nobre Tony no #20, mas um menino que não se concentra no que faz, venceu duas no Chase, mas na hora que precisou ele não disse para o seu chefe “vou tentar”, e fez o que? Ficou batendo no volante, em minha opinião o que menos merecia estar na concorrência pelo título. Meus parabéns Logano, por tamanha insignificância.

No próximo ano, creio que teremos muito mais emoção, tanto como alguns nomes que não chegaram a Miami que deveriam estar lá por méritos, será, sem sombra de dúvidas alguma, o melhor campeonato de todos os tempos. Esperemos.

Dyego Gonçales Marcondes
Londrina – PR

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