A Lotus pode voltar à F1?

sexta-feira, 19 de julho de 2019 às 15:14
Ayrton Senna - Lotus

Ayrton Senna – Lotus

Joe Saward aproveitou o lançamento do Lotus Evija na semana passada para fazer uma reflexão sobre a Marca e a Formula 1.

O hipercarro Lotus Evija elétrico – carro mais potente do mundo com 1972 hp -, acionado por quatro motores (um para cada roda), terá uma velocidade máxima de mais de 320 kph acelerará de 0 a 100 em menos de três segundos, com autonomia de mais de 400 km. Os carros custarão mais de R$ 5 milhões (na Europa) cada e apenas 130 serão construídos, o primeiro surgindo em 2020. Tudo muito impressionante.

É claro que o objetivo do carro é reformular a imagem da marca Lotus e colocá-la novamente no jogo com os da Ferrari e da McLaren. A Lotus não é mais a prima pobre que foi nos últimos 30 anos. Foi comprada em 2017 pelo Geely Auto Group de Hangzhou na China. O grupo vendeu 1,5 milhão de carros em 2018 e possui não apenas a marca Geely, mas também a nova marca de luxo Lynk & Co, a Volvo (e seu ramo Polestar) e a Proton. É também o proprietária de uma participação muito significativa na Daimler, a empresa-mãe da Mercedes Benz. Em determinado momento, estava negociando a compra da Fiat Chrysler Automobiles, ou partes dela …

O hipercarro é uma coisa, mas inevitavelmente a indústria está perguntando: o que acontece a seguir? A Lotus é uma famosa marca de carros esportivos e presume-se que o Elise, o Exige e o Evora serão substituídos, já que todos estão desatualizados e o entusiasmo está diminuindo. E quando os outros novos modelos chegarem, como a Geely tentará dizer ao mundo que existe uma nova marca sexy da Lotus? Quando você olha para trás na história, a Lotus sempre esteve envolvida na Formula 1, particularmente nos grandes anos das décadas de 1960 e 1970, quando o Team Lotus conquistou seis títulos de pilotos, sete campeonatos de construtores e 74 vitórias.

O poder da marca significa que ela continuou a ser usada na F1 até recentemente, em 2015, embora o dinheiro fosse curto. De uma perspectiva de marketing, a Lotus e a F1 estão fortemente ligadas. A Geely já mostrou que entende o valor do esporte lançando a Lynk & Co no WTCR com a fábrica Cyan Racing.

Não podemos deixar de nos perguntar quanto tempo levaremos antes de vermos a Lotus mais uma vez na F1, mas desta vez com dinheiro suficiente para fazer o trabalho corretamente …

Veja o Lotus Evija e a opinião de Jeremy Clarkson sobre ele:

AS - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.