A F1 não é mais um “mundo masculino”, diz Claire Williams

terça-feira, 11 de agosto de 2015 às 9:30

Claire Williams

A Fórmula 1 não é mais o mundo masculino que já foi, de acordo com Claire Williams. “A Fórmula 1 está bem diferente de como era há dez anos – ou até mesmo cinco anos”, declarou ela ao diário alemão Der Tagesspiegel.

Além do cargo importante de Claire na equipe de seu pai, Monisha Kaltenborn é chefe e co-proprietária da Sauber e Susie Wolff é piloto de testes da própria Williams.

“Agora, há muitas mulheres influentes no automobilismo”, insistiu Williams. “Temos mecânicas, engenheiras e especialistas em aerodinâmica. Oito por cento de nossos engenheiros na Williams são mulheres. Pode não parecer muito, mas era zero por cento quatro anos atrás. Ainda não chegamos lá, há muito a fazer, mas está melhorando”.

No entanto, Williams não acredita que outro passo na direção certa seria banir as “grid girls” da Fórmula 1, como foi feito em Le Mans.

“As grid girls são simplesmente uma longa tradição no automobilismo”, disse ela. “Não sei se é necessário bani-las. Por que deveria ser uma imagem antiquada das mulheres? Elas não são forçadas a fazer isso, certo?”

Mas Williams afirmou que a Fórmula 1 ainda tem um longo caminho a percorrer, já que ela tentou e não conseguiu encontrar companhias voltadas para o público feminino para patrocinar Susie Wolff.

“Muitos de nossos parceiros aprovam o fato de termos mulheres em posições proeminentes e exploram isso. Mas o fato é que não há marcas puramente femininas na Fórmula 1. Temos a Unilever, uma marca unissex, mas as marcas femininas não querem estar aqui e eu não sei por quê. Não é porque é um mundo masculino – 38 por cento de nossa audiência é feminina”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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